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Lançamentos

Fiat Uno 2017 ganha “novo” visual e novos motores Firefly de três e quatro cilindros

Lembra quando dissemos no finado Zero a 300 que a versão 2017 do Uno vai estrear a nova família de motores da Fiat no Brasil (e no mundo)? Pois eles foram lançados nesta quinta-feira (15).

Começando pelo visual, os retoques foram sutis e limitam-se à nova grade dianteira, que agora tem uma linha horizontal que interliga os faróis, e ao novo para-choques, com uma faixa preta interligando os faróis de neblina e também servindo como suporte de placa. A intenção é criar a impressão de uma “boca” larga na parte inferior do para-choques. Apenas detalhes.

A função do comando de válvulas variável, neste caso, é fazer o motor trabalhar efetivamente em ciclo Miller (leia mais a respeito aqui) por alguns instantes. Quando ele entra em ação, as válvulas ficam abertas por mais tempo. O fechamento tardio faz com que o motor precise de menos força para comprimir a mistura ar-combustível e, com o sistema de recirculação dos gases de escape, ainda possa reaproveitar parte da energia térmica que seria perdida. Na prática, isto não se traduz em ganho de potência, mas sim em economia de combustível – a Fiat fala em algo entre 4% e 7%.

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A mudança radical mesmo está sob o capô do compacto: a dupla de motores Firefly (sim: vaga-lume em inglês), uma nova família de motores mais eficientes que é produzida pela Fiat em Betim/MG. Por aqui o Uno ganhará a versão 1.0 de três cilindros, e o 1.3 de quatro cilindros.

O nome certamente foi escolhido por lembrar a bem sucedida família de motores Fire. No entanto, em termos de projeto, é a primeira vez em anos que podemos dizer que os motores da Fiat são realmente novos. Projeto global que estreia no Brasil, a família Firefly tem foco na economia de combustível e no torque. Por isso, usa cabeçotes de duas válvulas por cilindro. Ou seja: estamos diante de um três-cilindros de 6 válvulas, e de um quatro-cilindros de 8 válvulas. Na prática, o 1.3 é um 1.0 com um cilindro a mais.

Cabeçotes com duas válvulas por cilindro podem parecer ultrapassados atualmente, mas a Fiat garante que os motores Firefly são o estado-da-arte nesta configuração. Com taxa de compressão de 13,2:1 (alta, favorecendo a queima do etanol), injeção multiponto e comando de válvulas variável, o motor 1.0 entrega 72 cv com gasolina e 77 cv com álcool, sempre a 6.000 rpm, além de 10,4 mkgf e 10,9 mkgf de torque respectivamente, a 3.250 rpm. São números que fazem do Firefly o motor 1.0 mais torcudo do mercado nacional.

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É o bastante para chegar aos 100 km/h em 13,6s (G) ou 12,5s (E), com máxima de 154 km/h (G) ou 157 km/h (E). O consumo de combustível também ficou melhor: agora, o Uno 1.0 consegue rodar 9,2 km/l na cidade e 10,4 km/l na estrada quando abastecido com etanol. Com gasolina, são 13,1 km/l e 15,1 km/l, respectivamente.

Já o motor de 1,3 litro entrega 101 cv com gasolina e 109 cv com etanol, sempre a 6.250 rpm. O torque com gasolina é de 13,7 mkgf e, com álcool, 14,2 mkgf – nos dois casos, a 3.500 rpm. São números melhores que os do motor 1.4 8v do Chevrolet Onix, por exemplo, que chega aos 106 cv e 13,9 mkgf de torque queimando etanol.

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Com isto, o novo Uno 1.3 é capaz de chegar aos 100 km/h em 10,8s (G) ou 10,1s (E). A velocidade máxima é de 177 km/h com ambos os combustíveis. No quesito economia, o quatro-cilindros se sai bem: são 9,1 km/l na cidade e 10,1 km/l na estrada com combustível de cana de açúcar. Com gasolina, são 12,8 km/l na cidade e 14 km/l na estrada.

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As versões agora são três, a fim de distanciar o Uno do Fiat Mobi em termos de preço e posicionamento. A versão de entrada, Attractive, só pode ser equipada com motor 1.0. O Uno Sporting, que tem decoração na carroceria (detalhes em vermelho e molduras pretas nos para-lamas), só pode vir com motor 1.3. O “aventureiro” Uno Way, por sua vez, é o único que pode vir equipado com qualquer um dos motores.

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Os sistemas de transmissão permanecem os mesmos, sem mudanças significativas: câmbio manual de cinco marchas e semi-automático Dualogic, também de cinco marchas – que só está disponível como opcional para o motor de 1,3 litro.

 

Versões, preços e equipamentos

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Attractive 1.0, R$ 41.840: ar-condicionado, direção elétrica com botão City (deixa o volante mais leve em manobras abaixo de 20 km/h), brake light + sinalização de frenagem de emergência, faróis de neblina, função Lane Change para auxiliar o comando de seta, computador de bordo, vidros elétricos dianteiros com one touch e antiesmagamento, trava elétrica nas portas com acionamento automático a 20 km/h, conta-giros, display LCD de alta resolução no painel, computador de bordo e volante multifuncional.

Way 1.0, R$ 42.970: todos os itens da Attractive mais barras longitudinais no teto, detalhes internos na cor grafite, faróis com máscara negra, maior altura em relação ao solo, molduras das caixas de roda na cor cinza, frisos laterais das portas com inscrição Way, lanternas traseira com acabamento fumê e retrovisores externos com luzes indicadoras de direção.

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Way 1.3, R$ 47.640: todos os itens de série da versão Way 1.0 mais sistema Start&Stop, chave canivete com telecomando de abertura e fechamento de portas e vidros elétricos, rádio RDS com entrada auxiliar e entrada USB para MP3/WMAhill holder, troca de marchas por botões, controle de estabilidade, controle de tração e sistema ASR, que evita o travamento das rodas ao arrancar em pisos pouco aderentes..

Way 1.3 Dualogic, R$ 51.990: todos os anteriores mais câmbio Dualogic, hill holder (assistente de saída em aclive), borboletas atrás do volante para trocas manuais e sistemas ESC (controle de estabilidade eletrônica), TC (controle de tração) e ASR (sistema antitravamento das rodas em situações de baixa aderência).

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Sporting 1.3, R$ 49.340: todos os itens de série do Way mais suspensão com acerto esportivo, spoiler na tampa traseira na cor preto brilhante, rodas de liga leve 15 polegadas, ponteira de escapamento dupla central cromada, grade dianteira na cor preto brilhante, para-choque dianteiro com detalhes em vermelho, maçanetas externas e retrovisores em preto brilhante, faixas laterais exclusivas com escrita Sporting, faixa horizontal no painel e detalhes do interior – maçanetas, quadro de instrumentos e aplique do volante – na cor Vermelho Royal.

Sporting 1.3 Dualogic, R$ 53.690: como no Way Dualogic, traz todos os itens do Sporting mais câmbio Dualogic, hill holder, borboletas atrás do volante para trocas manuais e sistemas ESC, TC e ASR.

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