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Honda Civic Type R 2015: o que esperar da próxima geração do hot hatch

Ainda falta pouco mais de uma semana para a estreia do Honda Civic Type R no Salão de Genebra, mas os fãs já devem estar comendo os dedos de ansiedade. Nesta última semana, enquanto o Brasil curava a ressaca do carnaval, a Honda divulgou um vídeo institucional com uma mensagem bacana sobre a descoberta de novos limites (o que nos lembra muito o discurso de Ayrton Senna em sua busca pela perfeição) que mostra por alguns instantes o novo modelo. Com novas imagens e muitos detalhes confirmados, talvez seja uma boa hora de um preview do novo hot hatch que você sempre gostou.

Começando pela motorização: para tristeza de alguns e surpresa de outros, o novo Civic Type R deixará de ser aspirado, mas isso não significa que ele será menos girador que seus antecessores. Se você ficou atento aos detalhes do painel revelado na semana passada, certamente reparou que o conta-giros pode contar até 8.000 revoluções por minuto — 1.000 a menos que seu antecessor. Mas seja sincero: você se importaria com isso com 290 cv turbinados à sua disposição? Se não for suficiente para te convencer de que é uma boa troca, esses 290 cv levarão o Type R 2015 a 270 km/h. Melhor agora? Ainda não? Então segure essa: isso é mais potência que o V6 do NSX Type R. Bem-vindo ao futuro.

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Toda essa potência será controlada por um câmbio manual de seis marchas, como seu antecessor, e poderá levar o Civic Type R 2015 aos 100 km/h em menos de seis segundos — embora isso ainda não tenha sido confirmado pela Honda. Um potencial de aceleração desses exige uma capacidade de desaceleração igualmente poderosa. Por isso o carro terá freios Brembo com pinças de quatro pistões para morder os discos de 350 mm na dianteira. As rodas são de 19 polegadas.

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Além disso, o Type R 2015 terá aerodinâmica bem mais elaborada que seus antecessores — e não é apenas para economizar combustível, como tem sido o padrão dos carros modernos, e sim pelo mesmo motivo que todo esportivo de pista ganha splitters, saias, difusores e asas: usar o vento para obter mais desempenho. Além do splitter frontal e da asa traseira, o Civic Type R terá fundo plano como um carro de corridas. Esse elemento é fundamental para levar o hatch aos 270 km/h de velocidade máxima — que é apenas 12 km/h a menos que o Audi RS3, que tem tração integral e 365 cv.

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Para não transformar borracha em fumaça logo na primeira aceleração, o Civic Type R 2015 terá um novo acerto da suspensão dianteira que permitirá um controle maior da aderência dos pneus e reduzirá o esterçamento por torque sob aceleração intensa. A suspensão usará amortecedores adaptativos de quatro níveis desenvolvidos especialmente para o Type R 2015, que serão capazes de ajustar a firmeza da suspensão automaticamente de acordo com a tocada e as condições de rodagem. Em velocidades baixas, os amortecedores assumem um ajuste mais macio para oferecer conforto, mas ao acelerar mais forte, eles ficam mais firmes para controlar a rolagem e a precisão dinâmica do carro.

O “Adaptative Damper System” (o nome do sistema em inglês) também deverá ter um de seus modos vinculados ao botão +R, que altera o peso da direção e o comportamento do carro com respostas mais rápidas do motor, acelerador e turbo

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Querida Honda: essas lanternas diabólicas precisam estar na versão de produção!

Com todo o potencial do Civic Type R 2015 e o fato de ele ser movido apenas pelas rodas dianteiras, é bem provável que ele entre na briga pelo recorde de tração dianteira em Nürburgring Nordschleife, atualmente detido pelo Renault Megane RS 275 Trophy-R, com 7:54,36. Por isso, o engenheiro-chefe da Honda, Hisayuki Yakga afirmou no Salão de Paris de 2014 que a marca poderá fazer uma versão ainda mais radical do modelo se houver demanda. Essa versão teria foco na redução de peso e refinamento na tecnologia para aprimorar o desempenho do carro. Considerando a importância que os tempos de volta em Nürburgring Nordschleife ganharam recentemente como ferramenta de marketing e provação, não seria exagero esperar que a Honda coloque uma boa quantidade de wasabi nessa história.

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