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Os piores comerciais de carro que os nossos leitores já viram

“Propaganda é a alma do negócio” pode ser a frase mais clichê do mundo, mas também é uma das mais verdadeiras — sem propaganda não se vende. Só que nem toda propaganda é eficiente, e o mercado automotivo não é exceção. Por isso, perguntamos aos leitores quais eram as piores propagandas de carro que eles conheciam. Agora, temos a lista com as respostas!

 

A destruição do Fiat Fiorino

No fim de 2013 a Fiat aposentou de vez o Uno de primeira geração, e o furgão Fiorino foi embora junto com ele. Para marcar a chegada da novidade, foi lançado um comercial no qual o Fiorino antigo, no mercado desde 1988, era destruído sem piedade por um compactador e colocado no baú do novo Fiorino, baseado no Uno de segunda geração.

Embora a mensagem seja de que o Fiorino novo tem “tudo do antigo e mais um pouco”, a ideia pegou mal — boa parte das pessoas interpretou a peça como uma declaração da própria Fiat de que o Fiorino antigo era ruim.

 

Volkswagen Gol Turbo e o “motor de geladeira” da concorrência

Turbo e compressor mecânico são coisas diferentes e ambos têm suas vantagens e desvantagens. Neste comercial do Gol Turbo a Volkswagen comparou o turbocompressor às turbinas dos aviões, enquanto o compressor mecânico da concorrência (no caso, o Fiesta Supercharger) foi equiparado ao compressor de uma geladeira — o que é um tanto impreciso dos dois lados da história. Na verdade, há até quem prefira o compressor mecânico (pergunte a qualquer fã de muscle cars) pois, conectado direto ao virabrequim, o supercharger elimina o lag que tanto aflige os turbinados (ainda que os sistemas de anti-lag sejam cada vez mais eficientes).

 

Mercedes-Benz Classe Ah, lelek lek lek

Em 2012 a Mercedes-Benz decidiu usar o funk Passinho do Volante para promover o Classe A de terceira geração no Brasil (“aaaah lelek lek lek lek”, lembra?). O funk carioca está aí e não vai embora tão cedo, e a marca alemã só decidiu juntar o nome do carro, “A”, com a letra da música. Acontece que a ideia de um carro de marca premium associado à cultura das periferias não foi muito bem recebida pelo público, que temia que a propaganda prejudicasse a imagem do carro — o que, bem, não aconteceu.

 

Dafra Apache vs. Cesar Cielo (?)

Sim, sabemos que a pergunta era sobre comerciais de carro, mas este comercial da Dafra Apache, uma das inúmeras concorrentes da Honda CG, é imperdoável. César Cielo, um dos melhores nadadores do mundo, disputa uma corrida de natação com… uma moto. Sem piloto. Com efeitos de chroma key dignos de Chaves e Chapolin — a diferença é que, no caso do Chaves e do Chapolin, ao menos era parte do charme. Aqui, nem isso.

 

Ford New Fiesta e o Dodge Charger (que na verdade é um Dart)

No ano passado, um dos comerciais da campanha do New Fiesta nacional deixou um gosto amargo na boca dos fãs de muscle cars e antigomobilistas em geral: simulando uma perseguição policial com dublês de Hollywood, o comercial tinha como auge o capotamento de um clássico nacional, o Dodge Charger R/T. Incontáveis foram as manifestações de desagrado, dizendo que não era preciso destruir um clássico (ainda que não fosse um Charger de verdade, mas um Dart caracterizado) para vender um carro novo. Isto é verdade.

 

Peugeot Hoggar e o risoto

A picape Hoggar, que saiu de linha este ano (apostamos que você achava que fazia mais tempo), nunca foi exemplo de beleza e muito menos sucesso de vendas. Não duvidamos de sua competência como picape pequena, mas a verdade é que ela entrou em um segmento no qual é muito difícil de se destacar — especialmente quando se tem Fiat Strada e Volkswagen Saveiro. E, convenhamos, o comercial que não dizia muita coisa sobre as qualidades do carro e, em vez disso, colocava o protagonista em pé na caçamba da picape para oferecer um prato de risoto também não ajudou muito…

 

Hyundai Veloster e a “vantagem” das três portas

O Hyundai Veloster tem uma reputação ingrata entre os entusiastas pelo desempenho do motor 1.6 de 128 cv (o mesmo do HB20), que não correspondia às expectativas criadas pelo seu visual agressivo. O comercial em questão, porém, exalta uma suposta “vantagem” das três portas: ao estacionar, a terceira porta fica virada para a calçada, o que é mais seguro pois impede que os passageiros do banco de trás sejam atropelados ao sair do carro. Não seria mais fácil comprar um carro de duas portas ou simplesmente sair pelo lado mais seguro?

 

Nissan Sentra, o sedã que não tem cara de tiozão

O Sentra sempre foi um bom carro, mas a concorrência entre os sedãs médios é dura e o Nissan nunca se destacou muito nas vendas. Para tentar reverter esta situação, a Nissan criou a banda fictícia The Uncles (“Os Tiozões”) e usou a música “Será que é pra mim?” nesta propaganda que teve o efeito reverso: a imagem do carro acabou sendo associada justamente aos tiozões, que se perguntavam se o carro não era moderno demais para eles. Não era — você por acaso acha que um dia vai estar velho demais para qualquer carro? —, mas a mensagem não ficou muito clara.

 

Renault Sandero: UAU!

Este comercial do Renault Sandero, que circulou em 2011, foi bem recebido pelo público em geral (a beleza da atriz Renata Ricci certamente ajudou), mas os entusiastas não gostaram muito de ver um hatch de tração dianteira fazendo uma manobra impossível para estacionar — a menos que você tenha descoberto como realizá-la sem puxar o freio de mão. É… entusiastas são chatos de vez em quando.

 

“Chanananana”

Tudo bem que este filme foi feito por uma concessionária, e não pela fabricante chinesa, mas já entrou para os anais da internet. Uma música repetitiva, exaltando as qualidades dos pequenos utilitários da Chana — espaço, baixo preço, versatilidade — por quase dois insuportáveis minutos e algumas frases com a palavra Chana que adquirem duplo sentido com um pouco de imaginação não são uma boa maneira de vender carros. Não é à toa que hoje a Chana se chama Changan.