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Project Cars Project Cars #157

Project Cars #157: restaurando a carroceria e a nova pintura do meu Chevette SL 1983

Olá, amigos do FlatOut! Bem vindos novamente ao Project Cars #157. Neste terceiro post falarei sobre a restauração, montagem e o projeto de melhorar o desempenho do meu Chevette 1983 (veja as outras partes aqui e aqui)

Após mandar ele para a funilaria e ficar extremamente tenso, pois esta seria a etapa mais delicada e com grandes chances de algo de errado acontecer, decidi que a visita seria diária. Como a oficina fica apenas a dois quarteirões do meu trabalho, o funileiro ia se cansar de tanto me ver, fiscalizando o serviço e dando meus pitacos.

O Chevette ficou cerca de uma semana esperando o funileiro finalizar uma F1000, e logo após o término da caminhonete, ele começou fazendo um martelinho no carro todo, tentando deixar o mais liso possível. O uso de massa, infelizmente, seria inevitável. Abaixo vocês podem vê-lo ainda sem nenhum acabamento e parecendo uma coxinha de tanta massa. Depois foi feito um acabamento fino.

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Enquanto isso eu fui fazendo a limpeza das peças que havia desmontando em casa, tentando deixar tudo limpo e organizado para facilitar na montagem posterior. Utilizei praticamente todos os acabamentos originais, como citado no post anterior. Apenas as polainas, grade dianteira, faróis, frisos laterais e retrovisores seriam novos. Então com muita calma e paciência deixei tudo desta maneira:

Peças do interior todas guardadas, chegou a hora das peças exteriores. Comecei pelos faróis e lanternas traseiras, ambos originais. Os faróis Arteb estavam em bom estado, apenas um refletor estava com uma oxidação, e eu havia comprado um par novo da IPV (Arteb). As lanternas traseiras só precisavam de uma boa limpeza, então assim a fiz e ficaram como novas.

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Antes que me perguntem, não eu não as lavei na máquina de lavar roupas.

Como podem perceber as duas lanternas são originais, porém com a carcaça em cores diferentes. Os faróis eu decidi copiar a idéia do amigo Rodrigo Dash (que tem um belo projeto em andamento) e pintar os refletores de amarelo, utilizando verniz vitral (amarelo ouro). Mas não iria fazer isto com os novos, então já que os originais estavam com o refletor desgastado, os utilizei e montei com as lentes novas.

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Aqui ainda todo original, apenas limpo

Depois da pintura ficaram assim:

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Adorei o resultado, pois combinaram demais com os faróis de neblina Cibié, que são originalmente amarelos.

Neste meio tempo eu estava indo todo dia ver o andamento do serviço, até então tudo dentro do cronograma. Nesta época ele já estava com uma camada de fundo e pronto para começar o tratamento de alguns pontos de ferrugem no porta-malas e caixa de rodas, coisa mais comum em Chevette. No meu era pouca coisa, então não foi necessário trocar nenhuma peça.

Como ele ainda estava muito bruto e precisava de um acabamento mais caprichado, aproveitei e mandei rebater os pára-lamas traseiros, já que estava no limite com as novas rodas tala oito. Assim posso viajar tranqüilo com a família toda sem o risco de cortar um pneu.

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Adquiri também um volante Lotse Class, para deixar o interior um pouco mais caprichado. Também comprei manoplas de madeira feitas artesanalmente pelo meu amigo Rodrigo Bratkoski.

O funileiro fazia a parte dele e eu em casa fazia a minha. Hora de restaurar os emblemas, pois todos são originais. Demorei cerca de três dias para finalizar todos, pois é um trabalho delicado. Lixei todos isolei com todo cuidado do mundo e utilizei o prata lunar na pintura.

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Apenas me esqueci de tirar fotos depois de pronto, mas vocês verão o resultado na hora da montagem. Enquanto isso, o carro ficou pronto para a pintura dentro do prazo.

Depois desta etapa ainda foi feita a correção de pequenos defeitos que ainda tinham ficado no fundo antes da pintura e na semana seguinte o resultado foi este:

Quando cheguei à oficina estava tudo negro e com um brilho intenso. Irão me perguntar: mas por que diabos o carro está empapelado nas laterais? Respondo: o funileiro pintou a carroceria primeiro e depois a parte de baixo, suspensão, eixo traseiro e assoalho. Só não me perguntem o porquê.

Como podem ver ainda era necessário um polimento para o brilho e acabamento ficarem perfeitos. Foi utilizada a cor preto Liszt (GM) em PU, porém feita apenas com pigmentos pretos, o que a deixou bem escura. Pintado todo o exterior, cofre, porta malas nesta cor, o restante foi usado um preto semi-brilho. O total foi cerca de R$ 800, usando o material que oferecia o melhor custo/benefício.

Após isso era hora de instalar os frisos de alumínio, que originalmente são presos por presilhas na lata, porém meu Chevette originalmente não os tem. Nos antigos a fixação era um misto de parafusos, dupla face e rebites. Comprei as presilhas, rebites e deixei na mão do Sombra, pesquisei com amigos para saber a distância correta e mãos à obra.

Este aí é o Sombra, funileiro e pintor. Esse cara viu minha cara barbuda todo santo dia durante dois meses.

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Carro finalizado, tudo como esperado e o melhor, dentro do prazo inicial. Para mim era bom demais para ser verdade, mas o fato é que tudo realmente aconteceu como o planejado. Então chegou a hora de chamar o guincho e colocar o Chevette de volta na minha garagem para finalmente iniciar a montagem.

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Não dava para esconder a felicidade de ver um sonho se realizando, porém não poderia perder o foco, já que teria que remontar tudo novamente e torcer para tudo dar certo. Já era noite, mas não deu para esperar: coloquei a mão na massa, ops graxa!

No sábado eu poderia finalmente focar melhor na montagem e depois de uma tarde inteira de trabalho, montei os para choques, grades, lanternas, retrovisores e outros acabamentos menores, além do painel e liguei todos os chicotes elétricos.

Adivinhem só a melhor parte? Virei a chave e tudo funcionou como deveria. Nesta hora a satisfação do faça você mesmo foi enorme. Nas fotos abaixo vocês podem ver o resultado da pintura e funilaria — o carro só está um pouco empoeirado.

Por hoje fico por aqui, pessoal! No próximo post conto o restante da montagem do carro e o fim do projeto. Até lá!

Por Fred Castro, Project Cars #157

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