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Project Cars Project Cars #160

Um Opala 1978 all stock como primeiro carro – conheça a história do Project Cars #160

E aí, galera do Project Cars! Meu nome é Luís Felipe e vou apresentar à vocês o Latrell, meu Opala 1978 todo original!

Minha história com carros começou desde cedo. Na família, os carros sempre estavam no meio das conversas do meu pai, avô, tios e primos, e eu ficava sempre atento a tudo… revistas Quatro Rodas, que meu pai começou a assinar desde o final dos anos 1990 eram devoradas, tabela de preços, modelos, eu decorava tudo.

A história com o Opala, não tem uma explicação específica, meu pai nunca teve, apesar de ser Chevroleteiro for life — tivemos Marajó , Ipanema, Monza, Vectra B, Vectra 2007. Já meu avô trabalhou por muitos anos em concessionária GM, teve Opala e Caravan, porém eu só fui entrar mais a fundo nessa história, quando comecei com essa “idéia de Opala” em 2006/2007, infelizmente meu avô faleceu dois anos depois e não tive tempo de levar o Opalão para ele ver de perto.

Foto 1 Foto 2

Caravan e Opala que eram do meu avô

Voltando ao porquê do Opala, eu simplesmente não sei explicar. Tem algo no carro que me hipnotizava de um jeito subjetivo, talvez o jeito de “muscle car”, de “carro do mal”… não sei. Ou eu teria um Opala, ou não queria ter outro carro.  E assim foi, com meus pais achando que isso era uma idéia doida. Onde já se viu querer um carro “velho” e tudo mais?

Bem… eu não desisti. Meu pai na época chegou a me oferecer o Clio da minha mãe pra mim. Fiquei feliz, agradeci, mas disse que eu queria um Opala, levasse o tempo que precisasse. Passei um ano usando o Clio de vez em quando, mas sempre com a idéia do Opala.

Até chegou a vez do meu irmão tirar a carteira também, e meu pai — já imaginando a disputa que iria rolar no final de semana pra ver quem iria usar o Cliozinho —, chegou numa quinta-feira e perguntou se eu estava de olho em um Opala mesmo e se ofereceu para irmos ver alguns no sábado. Na época eu trabalhava em uma agência e matei a sexta-feira inteira caçando anúncios de carros na região. Separei quatro e me preparei para o fim de semana.

Desses todos, visitamos por ordem de entusiasmo segundo os anúncios: primeiro o branco que era aqui da cidade mesmo, tinha alguns detalhes na lata. Os outros estavam em Joinville, a 50km de distância, e então fomos lá ver o amarelão, teto de vinil, baixo, um Opala já no estilo pela foto. Pela foto, pois pessoalmente descobri que o teto era na verdade de (su)vinil. Além disso ele tinha buracos na lata e motor capengando. Brochamos.

Partimos pro verde… cor chamativa, as molduras de farol pretas o deixavam mais esportivo, mas era torto. O carro era grosso, alguém tinha dado só um tapa no carro pra passar pra frente, e uma caixa de som de gosto duvidoso com madeira crua e um cone seco velho desanimaram mais ainda. Sobrou o prata — e não é modo de dizer, ele sobrou mesmo pois eu não tinha gostado muito dele. Prata é cor de carro moderno, e ele também tinha suspensão de jipe, as rodas serrinha que ficam horríveis nos Opalas antigos e, pra fechar o pacote, o maldito volante Cougar.

Mas ok. Liguei pro cara e o carro não estava em Joinville, mas em Barra do Sul, a quase 50km de distância. Aí  bateu aquela dúvida: vale a pena ir até lá? Por mais que eu quisesse um Opala aquele não tinha me animado.

Mas nós fomos, e foi amor à primeira vista. O carro era bastante alinhado e original, tinha alguns detalhes para consertar na lata, a pintura já estava meio fosca, mas a parte interna estava toda original, com painel intacto, rádio funcionando, e até manual, nota fiscal, estepe original ainda sem uso e apenas 92 mil km rodados.

Enquanto conversávamos o antigo dono deixou a bateria carregando pra conseguir dar a partida. Só então pude finalmente dirigir um Opala pela primeira vez — sim, essa vontade toda de ter um Opala acontecia sem ao menos ter ligado um Opala na vida.

Voltamos pra casa, conversamos, liguei para o vendedor novamente no domingo, e ele disse que um cara de Rio do Sul/SC iria ver o carro. Voltei a conversar com meu pai e liguei avisando o vendedor que na segunda-feira mesmo iriamos buscar o Opalão. Avisei meu chefe de que não iria trabalhar na segunda e mal consegui dormir.

Fotos do anúncio na época em que fui vê-lo

Na segunda-feira às 8:00 chegamos à casa do vendedor, o sr. Wilson, para buscar o carro eu, meu irmão e meu pai. Transferência feita, pagamento acertado e tudo mais quando ia embarcar pra ir embora, vi a roda dianteira molhada, era fluido de freio. Fomos até uma oficina para trocar o reparo do freio mas não na oficina não tinha, em Barra do Sul/SC também não. Só achamos pra vender em Joinville e nesse vai e vem de compra do carro, transferência e ate achar o tal reparo e montar ele, já era final da tarde.

Foto 8

Chegamos em casa perto das 22:00 e já fomos eu e meu irmão na casa de um outro amigo nosso pra dar finalmente o primeiro rolê de Opalão, a sensação é indiscritível.

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Feito isso, meu pai decidiu que deveríamos fazer a lata do carro. (Isso foi outra surpresa pra mim, eu achei que iria ficar do jeito que estava e já estava ótimo) mas poucos dias antes um imprevisto aconteceu…

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…mas isso ficará para o próximo capítulo da saga do Opalão. Até lá!

Por Luís Felipe Fendt, Project Cars #160

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