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As melhores edições especiais inspiradas pela Fórmula 1 – parte 1

Nesta semana, a Fórmula 1 encerrou sua temporada de 2016 com o primeiro título de Nico Rosberg, que foi campeão em Abu Dhabi depois de uma longa disputa com Lewis Hamilton, seu companheiro de equipe, que buscava seu quarto título.

Ainda no clima, decidimos selecionar aqui algumas das edições especiais inspiradas pela Fórmula 1 mais maneiras que já vimos em carros de rua.

É importante frisar que não estamos falando de carros cujo projeto foi inspirado diretamente pela F1, como o Porsche Carrera GT, a Ferrari F50 e, claro, o McLaren F1. O negócio aqui são séries limitadas de carros relativamente normais (ainda que alguns sejam bem desejáveis, é verdade) que foram criadas com inspiração na Fórmula 1. A diferença existe, e nem é tão sutil assim. Vamos lá?

 

BMW 135i Sauber F1 Team Edition

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Foto: Saleva/Bimmerpost

Não existem muitos destes por aí: a BMW fez apenas 135 unidades do 135i Sauber F1 Team Edition (outras fontes dizem que foram 150, ou até 200 exemplares) em 2009. Achamos que a primeira opção faz sentido por causa da coincidência: na temporada de 2008 da Fórmula 1, a BMW Sauber F1 fez 135 pontos, ficando com o terceiro lugar no campeonato de construtores. A BMW operou a  Sauber como equipe de fábrica entre 2006 e 2009.

Qualquer 135i da geração passada é um carrinho bacana: com um seis-em-linha de três litros com turbo e 306 cv, o cupê é capaz de chegar aos 100 km/h em menos de cinco segundos, e seu comportamento dinâmico faz dele um dos automóveis mais divertidos do fim da década passada.

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Foto: majzel.com

O Sauber F1 Team Edition tem como diferenciais, além da pintura branca com faixas azuis e vermelhas, as rodas exclusivas, componentes de fibra de carbono como as capas dos retrovisores e o spoiler na traseira, acabamento de fibra de carbono no interior e shift light embutida no volante, entre outros detalhes. Doze unidades foram exportadas para a América Latina, e pelo menos uma delas está no Brasil.

 

Mercedes-Benz CL55 AMG F1

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O Mercedes-Benz CL55 AMG da geração C215 é um dos mais obscuros esportivos da Mercedes-Benz nos anos 2000. O cupê era baseado no Classe S W220, mas tinha entre-eixos encurtado, e o motor da versão AMG era um V8 supercharged de 500 cv e 71,4 mkgf de torque, suficientes para que o carro chegasse aos 100 km/h em apenas 4,6 segundos.

Baseado no safety car da Fórmula 1 na temporada de 2000, o CL55 AMG F1 tinha discos de freio de carbono-cerâmica, 60% mais leves, e pinças exclusivas de oito pistões; bancos do tipo concha no interior e volante de couro perfurado. Fizeram apenas 55 unidades.

 

Renault Clio Williams

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O Clio Williams era um belo exemplo de como os hot hatches eram feitos antigamente: lançado em 1993, ele tinha um belo motor de dois litros com cabeçote de 16 válvulas. Dotado de válvulas grandes, comando mais agressivo, radiador de óleo e coletor 4×1, era uma pequena usina de 147 cv a 6.100 rpm, sendo que 85% deles já apareciam às 2.500 rpm. Em um carro de 990 kg, isto se traduzia em 7,5 segundos para chegar aos 100 km/h, e velocidade máxima de 215 km/h.

A inspiração para o nome veio da Williams F1, obviamente, que havia acabado de vencer o título de 1992 usando um V10 Renault. Apesar disso, a razão de ser do hot hatch era outra: homologar o Clio para disputar o Campeonato Francês de Rali. Era preciso fabricar, no mínimo, 2.500 unidades, mas a demanda foi tanta que a Renault produziu 3.800 carros. Leia mais sobre o Renault Clio Williams aqui!

Mini John Cooper Works World Championship 50 Edition

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A real é que edições inspiradas na Fórmula 1 caem muito bem aos hot hatches. E os britânicos da Mini, tradicionais como são (vamos fingir que a Mini não é da BMW, ok?), fizeram a sua para comemorar o 50º aniversário do primeiro título da equipe de John Cooper na Fórmula 1 – a Cooper Grand Prix, que foi campeã em 1959 com Jack Brabham ao volante.

John Cooper era um projetista que muitos consideram visionário: em 1957, seu monoposto de Fórmula 1 de motor central-traseiro deu início a uma pequena revolução na categoria. Ele também foi o responsável pelo acerto do primeiro Mini Cooper, lançado em 1961. Por isto, seu nome foi dado à divisão de performance da Mini, a John Cooper Works (ou simplesmente JCW), criada em 2000 por seu filho Michael Cooper.

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O Mini JCW World Championship 50 Edition era movido por um quatro-cilindros turbo de 1,6 litro e 211 cv, e era capaz de chegar aos 100 km/h em 6,5 segundos, com máxima de 237 km/h. A edição especial vinha no tradicional verde metálico dos carros de corrida britânico (leia mais sobre as cores nacionais do automobilismo aqui) e era equipada com rodas exclusivas, scoop de fibra de carbono no capô, kit aerodinâmico completo e interior preto com detalhes vermelhos. Curiosidade: cada um dos 500 carros era autografado pelo próprio Michael Cooper, que assinava como “John Cooper”, pois  seu nome completo é… John Michael Cooper.

 

Lotus Exige LF1

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Lançado em 2014, o Exige LF1 era baseado no Lotus Exige S, o que por si só já o torna altamamente desejável: naquele ano, o Exige S era equipado com um V6 supercharged de origem Toyta, com deslocamento de 3,5 litros e nada menos que 350 cv. Posicionado atrás dos bancos, o motor era capaz de levar o esportivo de apenas 1.080 kg aos 100 km/h em apenas 3,7 segundos, com máxima de 300 km/h.

O que diferenciava o LF1 do Exige S comum era a pintura negra com detalhes vermelhos combinada às rodas douradas, inspirada nas cores que a Lotus F1 utilizou em 2014. O detalhe mais bacana é a quantidade de exemplares fabricados: 81 deles, um para cada vitória da Lotus na Fórmula 1 até aquele ano.

 

Renault Mégane RenaultSport Red Bull Racing RB8

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Em 2013, a Red Bull Racing comemorou o quarto título consecutivo no campeonato de construtores, que também foi o quarto título consecutivo de Sebastian Vettel. Marcando a data, a Renault, que forneceu motores para a RBR (como diria Galvão Bueno) entre 2007 e 2013, lançou a edição comemorativa RenaultSport Red Bull Racing RB8 para o Mégane RS 265.

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Mecanicamente, o carro é idêntico a qualquer outro Mégane RS 265 – ou seja, dotado de um quatro-cilindros turbo de dois litros e 265 cv, acoplado a uma caixa manual de seis marchas, e capaz de chegar aos 100 km/h em seis segundos cravados. As 120 unidades tinham pintura inspirada no Red Bull RB8, o monoposto que competiu em 2013, além de rodas de 19 polegadas com desenho exclusivo e equipamentos extras no interior, como sistema multimídia com GPS.