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Pensatas

Como as leis de emissões podem matar os carros populares

Sou um grande fã de distopias. Você sabe: aqueles futuros que deram errado e viraram o mundo de cabeça para baixo como o 1985 alternativo em “De Volta Para o Futuro II”. A literatura e o cinema produziram dezenas de obras sobre esse tema e eu consumi avidamente quase tudo o que pude encontrar — dos clássicos aos mais satíricos, como “1984”, “Brazil”, “THX 1138”, “Os 12 Macacos”, “O Demolidor”, “Idiocracia” e “Farenheit 451”. Se existe um futuro que deu errado na história, o negócio ganha minha atenção facilmente. E todas as distopias têm um elemento comum: a negação do indivíduo pelo totalitarismo. Isso significa, basicamente, que você não é livre para fazer o que quiser, mas apenas o que for permitido pelo poder dominante. Tudo em nome do bem comum. Toda vez que leio algum projeto de médio prazo para “banir os carros”, “tornar os carros obsoletos” ou simplesmente para “devolver as ruas às pessoas” (como se motoristas não fossem pessoas