FlatOut!
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Project Cars Project Cars #195

Como se faz um Subaru Impreza RWD de drifting? Relembre a história do Project Cars #195

Bem-vindos de volta ao Best of Project Cars, a seção semanal na qual relembramos os projetos que já passaram pelo FlatOut e foram concluídos. Nesta semana vamos lembrar como foi a preparação do Subaru Impreza do leitor Caio Levy para andar de lado nos eventos de drifting.

 

O início

Como tantos de nós, Caio começou a pegar gosto pela preparação e modificação ainda na adolescência, quando “trabalhava” suas miniaturas, skates, baterias e até sua mobilette. Mais tarde Caio conheceu o anime Initial D, que colocou o drifting em sua vida. Junte as duas coisas e você já percebeu onde isso vai parar, não é?

Na hora de comprar um carro, Caio queria mesmo era um Toyota AE86, mas na época era impossível importar um desse pois o modelo ainda não havia completado 30 anos, idade mínima para ser importado legalmente. Diante da impossibilidade, Caio partiu para o plano B: um Subaru Impreza, inspirado pelo Impreza WRX 22B que é um dos poucos carros capazes de vencer o AE86 no Monte Akina.

Modelo 22B Initial D

Importado em grande volume no início dos anos 1990, não foi difícil encontrar e arrematar um exemplar: em 2012 Caio comprou o seu, um Impreza GL 1994 4×2 que veio acompanhado do conjunto mecânico e acabamento de um GT 1997 — do motor 2.0 turbo aos freios, dos para-choques à transmissão e suspensão.

 

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O projeto

O primeiro passo para construção do projeto foi a desmontagem completa da carroceria principal. Depois que o carro ficou só no monobloco, foi feita a substituição da folha externa do teto por outra com o recorte para o teto solar. Com o teto soldado e calafetado, foi iniciado o trabalho de pintura, que foi feita na cor branca original, porém com verniz menos amarelado.

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Em seguida foi a vez da montagem da mecânica, da elétrica e do interior. O motor EJ20 DOHC turbo equipa originalmente o Subaru impreza GT 1997, e trabalha com um câmbio para tração integral. Como Caio queria o carro para drift, a ligação com as rodas dianteiras não seria feita, por iso o câmbio foi modificado para enviar 100% do torque para o cardã. Além disso, as três primeiras marchas foram trocadas pelas engrenagens do câmbio do STI, mais curtas e resistentes.

Stage 2 Embreagem

Depois do motor e do câmbio, veio a instalação do diferencial traseiro e do cardã. Nada muito complicado: bastou instalar o sub-chassi traseiro do GT e substituir o tanque de combustível dos modelos com tração integral. A montagem não exige adaptações.

Stage 1 engine

Em seguida veio a suspensão e o sistema elétrico. Foi igualmente simples: bastou reinstalar tudo nos lugares originais. No lugar das homocinéticas dianteiras há um tampão que substitui as coifas e travam o conjunto da manga. Amortecedores e molas foram retrabalhados com mais carga e as buchas foram refeitas de borracha mais resistente. Caio decidiu não usar poliuretano para obter mais conforto e não transferir as vibrações e torção excessiva para o monobloco.

 

O lado de dentro

O acabamento interno usou os revestimentos do GT 1997 com o painel de instrumentos de um STI 2000 japonês. Os bancos também vieram do GT 1997, com apoios mais altos, tipo concha.

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Na traseira Caio também instalou duas barras de amarração no lugar do banco, uma gaiola de três pontos e cabos de aço em X.

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Com a estrutura montada, chegou a hora dos acessórios, caso do 3steps para limitar as rotações, central multimídia, PlayStation 2, short shifter,cintos Simpson de três pontas, volante OMP e sistema quick release.

Sendo um grande fã de narguile, Caio projetou um sistema fixo no carro usando um extintor de incêndio usado. Para combinar com o interior, as mangueiras são aerokip, e para não incendiar o carro, Caio usa uma cerâmica com abafador.

Bars e Nargas

Como dito anteriormente, todo o kit de carroceria veio da versão GT, porém do modelo 2000, incluindo a asa traseira, os para-choques, as saias laterais e o capô. A grade, contudo, é da versão STI 1998. O capô e o para-choques dianteiro são feitos de fibra de vidro para reduzir o peso do carro.

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Por último, o carro ganhou as rodas de liga leve feitas sob medida e lâmpadas especiais amarelas para os faróis de neblina.

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Como bem disse o Caio em seu post de conclusão, “ser um gearhead não e só curtir carros, mas sim fazer dele uma extensão do seu próprio corpo, e se dedicar de corpo e alma pelo que você ama de verdade”, e ele levou sua filosofia ao extremo ao construir seu carro por conta própria. Build, race, party. É isso o que queremos, não?

 

Não deixe de ler os posts originais na íntegra

Parte 1 – A compra e o início do projeto

Parte 2 – A montagem e a conclusão do Subaru drifter