FlatOut!
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Descubra como é o ronco de um Toyota GT86 com o motor da Ferrari 458 Italia

Estamos em 2017 e, aparentemente, os entusiastas perderam o receio de tentar engine swaps mirabolantes. Ou vai dizer que, há alguns anos, você imaginava que alguém colocaria um V8 Ferrari em um esportivo japonês? Foi exatamente o que o piloto de drift e celebridade da internet Ryan Tuerck fez em 2016, ao meter o motor de uma Ferrari 458 Italia no cofre de um Toyota GT86 a fim de criar o carro de drift mais insano do planeta.

Se ele conseguiu ou não é só um detalhe. O que importa é que o carro funcionou, como já vimos aqui. Só faltava colocar o GT4586 na pista para acelerar de verdade.

Faltava.

A real é que fica difícil não se empolgar com a ideia de um dos esportivos mais bacanas da atualidade equipado com um dos últimos V8 naturalmente aspirados da história girando acima das 9.000 rpm. Mesmo que o dorifuto não seja sua praia, a música mecânica dos 12 cilindros italianos é sempre um prazer de se ouvir, não é mesmo? Ainda mais porque, no drift, o motor trabalha praticamente o tempo todo na faixa vermelha do conta-giros.

Vale relembrar um pouco do projeto: o GT4586 só foi feito para provar que era possível colocar um motor italiano de alto desempenho e tecnologia em um carro relativamente barato que definitivamente não foi feito para recebê-lo. Para começar, o flat-four do Toyota fica montado na dianteira, enquanto o V8 da 458 fica em posição central-traseira, o que exigiu certo malabarismo na hora de adaptar o coletor de admissão.

No cofre da 458, atrás dos bancos, há espaço de sobra para a peça, mas a situação não é a mesma no compartimento dianteiro do GT86. Não havia tempo para fabricar outro coletor, feito sob medida, e por isso foi preciso fazer uma adaptação técnica e cortar a base do para-brisa, mais ou menos onde ficavam os limpadores, para acomodar a caixa de ar. A altura do coletor também não foi um problema, porque o GT4586 não precisa de um capô – não é um carro de rua!

As especificações do motor foram mantidas próximas das originais, com exceção de um novo módulo MoTec, calibrado para o novo regime de funcionamento do motor. Aliás, isto também exigiu que a caixa de dupla embreagem fosse trocada por uma transmissão sequencial Tilton, feita para picapes de competição off-road.

Com tudo isto em mente, fica mesmo claro que a parte menos complicada foi adaptar o cofre e fazer alguns cortes nos para-lamas. O sistema de arrefecimento precisou ser totalmente refeito: os radiadores ficam na traseira, e recebem ar frio por um duto no teto; a caixa de direção foi alterada para aumentar o ângulo de esterçamento das rodas, e todo o monobloco recebeu reforços estruturais para suportar a potência quase três vezes maior que a original.

Mas tudo isto você já sabia. O que você não sabia era como o GT4586 se comporta quando levado ao limite. Agora você sabe.

No vídeo, o Toyota desliza lado a lado (literalmente) com o 370Z do colega Chris Forsberg. Ele pode não ter um V8 Ferrari, mas é um V8: o motor 5,6 litros com duplo comando no cabeçote e quatro válvulas por cilindro, usado na picape Nissan Titan. Originalmente, o VK56 entrega 305 cv, mas a preparação no carro de Forsberg inclui um sistema de injeção BigStuff3 e sistema de óxido nitroso, levando a potência para quase 1.000 cv. A gente até já falou dele aqui!

Mesmo que você não goste do dorifuto, há de se respeitar os carros.