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Este cara comprou uma picape toda enferrujada por R$1.100 e a dirigiu por 38 anos

Todo mundo lembra do primeiro carro — provavelmente não era o mais caro ou o mais rápido e, para alguns, também não estivesse em sua melhor forma. Mas o primeiro carro é importante e um símbolo muito grande de liberdade. Não foi diferente para Bob Sportel, do Minnesota, nos EUA: seu primeiro carro foi uma picape que ele comprou para dirigir até o trabalho há 38 anos. Só que ele nunca mais se desfez dela.

E dizer que a picape “não estava em sua melhor forma” é um elogio dos mais altos — era 1976, e a caminhonete Chevrolet Task Force 3100 1957 já estava em estado deplorável e seu dono, um fazendeiro da região, queria se livrar dela. Era a oportunidade perfeita para um jovem no início de seus vinte anos precisando de um carro barato para ir trabalhar.

Barato quanto? Bem, digamos que o dono queria US$ 75. Sim, setenta e cinco dólares, e Bob ainda tentou baixar este preço para US$ 50! Surreal, não é? Se calcularmos a inflação nestes 38 anos, descobriremos que Bob pagou cerca de US$ 310 dólares pela picape em dinheiro de hoje, o que dá uns R$ 840 — para nós, ainda é uma pechincha.

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A picape já estava toda enferrujada e maltratada pelos anos de uso na fazenda, mas era tudo o que Bob precisava. E, aparentemente, nada mudou até o dia em que ele se aposentou: foi com este carro que Sportel foi trabalhar todos os dias na cooperativa agropecuária da cidade de Prinsburg ao longo de quase quatro décadas. Quer dizer, alguma coisa mudou: a picape foi ficando cada vez mais velha, enferrujada e barulhenta, mas Bob jamais se livrou dela — mesmo oferecendo diversas ofertas. Sua filha até foi com ela ao baile de formatura!

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Na verdade, ele se especializou em realizar alguns reparos improvisados ao melhor estilo MacGyver. Os faróis estão presos no lugar por massa plástica. O banco inteiriço ficou ainda mais chamoso com fita silver tape cobrindo os buracos no revestimento. E os buracos que foram aparecendo na carroceria toda comida pela ferrugem… bem, eles continuam lá. São o “charme” da caminhonete, e aparentemente não atrapalham em nada.

Seu filho, já homem feito, nem havia nascido quando Sportel comprou a picape, e ele e sua mãe já desistiram de convencê-lo a vender o utilitário. Bob nunca a guardou numa garagem, nunca se preocupou com a corrosão e jura que não gastou mais de US$ 1.000 dólares com manutenção desde que comprou a caminhonete, que ele estima já ter rodado mais de 300 mil milhas (480 mil km) em suas mãos — e é uma estimativa mesmo, porque o hodômetro não funciona desde a compra. Bob só troca o óleo quatro vezes por ano — o único “luxo” a que se dá.

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Para conseguir rodar tanto tempo com um carro tão velho e mal cuidado sem gastar uma fortuna com reparos, Bob deve ser o motorista mais suave do mundo — ou o mais mentiroso. Não importa: é uma história e tanto, e ele garante que jamais vai vendê-la: “Ela se tornou parte de mim”, Bob contou ao site de notícias local Kare11. “Não sei como explicar”.

Não te faz desejar ter guardado seu primeiro carro com você para sempre?

[ Kare11 via Road & Track ]