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Lançamentos Salão de Genebra 2016

Fiat 124 Abarth estreia em Genebra com motor 1.4 turbo de 172 cv – e tem até versão de rali!

O novo Fiat 124 Spider pode até ser um Mazda MX-5 Miata com outra roupa, mas não vemos problema algum  — pelo contrário: achamos que ele é uma releitura mais do que digna do clássico roadster italiano: bonito, turbinado, com tração traseira e câmbio manual.

Pouco depois de revelar o roadster, em novembro de 2015, a Fiat já prometeu uma versão apimentada com a marca do escorpião. Agora, no Salão de Genebra, o mundo conhece o Fiat 124 Abarth. A gente quer este carro.

Originalmente o Fiat 124 pega a plataforma do Miata e coloca nela um motor 1.4 turbo — o mesmo que move a versão americana do Fiat 500 Abarth — com 160 cv a 5.500 rpm e 25,4 mkgf de torque já a 2.500 rpm. Ou seja, ele é italiano de coração. E, na versão Abarth, ficou mais potente: agora, são 172 cv. O torque permanece o mesmo.

De qualquer forma, são 6,8 segundos até os 100 km/h e velocidade máxima de 230 km/h. Dá para brincar, não? Detalhe: o sistema de escape que vem de série é o chamado Record Monza, que de acordo com a Abarth garante a melhor amplificação sonora possível. Dá para ouvir um pouquinho no vídeo de lançamento abaixo:

O câmbio continua sendo manual ou automático, com seis marchas em ambos os casos. Esta última se chama Sequenziale Sportivo (porque os italianos conseguem fazer qualquer coisa soar bacana) e, de acordo com a Abarth, foi especialmente calibrada para proporcionar “a sensação genuína de estar em uma corrida”. A caixa conta até mesmo com um modo “Sport”, que melhora os tempos de resposta das borboletas atrás do volante.

A força do motor é levada para as rodas traseiras através de um diferencial mecânico de deslizamento limitado. A direção tem assistência elétrica e um volante menor, com aro mais grosso e uma pequena faixa vermelha na parte superior, como nos carros de corrida. O painel tem um belo conta-giros com fundo vermelho. Os bancos são maravilhosos e parecem oferecer ótimo apoio. Há Alcantara em pontos estratégicos. Os pedais são de alumínio. A alavanca de câmbio é curta e parece deliciosa de engatar. A gente quer entrar ali e nunca mais sair.

Estamos sentindo “coisas” por este interior

E tem o lado de fora, ainda. O capô e a tampa do porta-malas pintados de preto fosco são referência direta à versão Abarth do 124 Spider clássico, que tinha um quatro-cilindros com comando duplo no cabeçote, dois carburadores Weber e 128 cv. Os para-lamas são mais largos, e há decoração típica da Abarth, com decalques e emblemas do escorpião por todos os lados.

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A mudança mais importante, porém, não se vê sem uma balança: a Abarth fez questão de usar materiais leves e queimar alguns quilinhos. Assim, se a versão comum pesa pouco mais de 1.100 kg, o 124 Abarth tem 1.060 kg em ordem de marcha — distribuídos perfeitamente em 50% para a dianteira e 50% para a traseira. Além disso, a preparadora italiana faz questão de lembrar que boa parte do peso está concentrada entre os eixos. Aliás, o motor todo fica atrás do eixo dianteiro, garantindo uma dinâmica muito mais equilibrada.

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A suspensão usa o mesmo sistema com braços triangulares sobrepostos na dianteira e five-link na traseira, porém recalibrado com novos componentes elásticos e amortecedores ajustáveis “Abarth by Bilstein”. Os freios são Brembo e usam pinças de alumínio na dianteira — que, de acordo com a Abarth, ajudam a reduzir o fading em uso extremo.

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As rodas são de dezessete polegadas, pintadas de cinza “Forgiato Gray”. As cores da carroceria são cinco: branco “Turini 1975”, vermelho “Costa Brava 1972” (metálico), azul “Isola d’Elba 1974”, cinza “Portogallo 1974” e preto “San Marino 1972”. Todos os nomes fazem referência a vitórias do Fiat 124 Spider Abarth nos ralis na década de 1970.

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Aliás, é dos ralis que vem outra novidade relacionada ao 124 Abarth: em Genebra, a Fiat apresentou sua versão de rali. Além da bela pintura que remete ao carro de competição clássico, o Abarth 124 Rally tem capota rígida, faróis auxiliares no capô, rodas brancas e gaiola de proteção.

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O motor? Nada menos que uma versão stroker de 1,8 litro do motor 1.4 turbo MultiAir. Com um sistema de injeção direta, o salto de potência é impressionante: 300 cv. O carro foi construído de acordo com as especificações da categoria R-GT da FIA, o que significa que a tração continua sendo traseira. Podemos esperar muitas chicoteadas nos estágios de rali daqui a um tempo, e estamos bem ansiosos para isto.