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Salão do Automóvel de SP Zero a 300

Hellcat, Wrangler e Cherokee: as atrações da Dodge e da Jeep no Salão do Automóvel de SP

Logo ao lado do estande da Fiat estava o lado americano da FCA: Dodge e Jeep. A primeira investiu, é claro, na presença do Hellcat – que, embora não seja vendido aqui, foi um belo chamariz para a área da Dodge no Salão, visto que o único modelo que a marca vende no Brasil atualmente é o Journey. Você provavelmente se lembra do crossover, que também foi vendido no Brasil como Fiat Freemont entre 2011 e 2015. A diferença é que, enquanto o Freemont usava um quatro-cilindros 2.4 16v de 172 cv, o Dodge Journey usa um V6 de 3,6 litros e 280 cv.

Mas vamos falar do que realmente nos interessa: o Dodge Challenger SRT Hellcat. Para muitos fãs de muscle cars e pony cars, atualmente o Challenger é o único modelo “raiz”do segmento. É claro que isto também tem a ver com sua idade: o Dodge Challenger foi lançado em 2008 – há exatos dez anos, quando muscle cars retrô ainda eram novidade.

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A Dodge se aproveitou da imagem old school do Challenger (e do fato de que a plataforma LX da Chrysler, embora antiga e pesada, é bastante robusta) – para investir em versões extremas como o Hellcat e o Demon. Além disso, embora seja um carro de visual retrô, o Challenger envelheceu muito bem considerando que, em 2018, ele completou dez anos.

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Pois bem: o Challenger Hellcat presente no Salão do Automóvel é um Hellcat comum, não um Redeye. Ou seja: ele é movido por um V8 Hemi de 6,2 litros com 727 cv e 90,7 mkgf de torque – ligeiramente mais forte, visto que antes eram 717 cv e 89,8 mkgf. O exemplar cinza “Granite Crystal” exposto no Salão tinha o onipresente câmbio automático de oito marchas ZF 8HP. O conjunto é capaz de fazer o Hellcat cumprir o quarto-de-milha em 11,2 segundos a 201 km/h, enquanto a velocidade máxima é de 320 km/h.

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A princípio do carro veio para o Salão do Automóvel a passeio, mas uma coisa é certa: nenhuma fabricante traz um carro para o evento se não houver uma possibilidade, mesmo que pequena, de oferecê-lo por aqui em algum. Vamos torcer.

 

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No estande da Jeep a grande novidade era o novo Wrangler, que foi lançado mundialmente no fim de 2017 e já tem data marcada para chegar ao Brasil – no primeiro semestre de 2019. A princípio ele será vendido apenas com o motor 2.0 turbo de 272 cv e 40,8 mkgf de torque, acoplado a uma caixa automática de oito marchas e tração 4×4 com reduzida.

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Foi uma boa escolha: com o novo motor, bem mais econômico e torcudo do que o Pentastar – que tem 285 cv, porém 35,4 mkgf de torque – o Wrangler terá muito mais potencial para conquistar os fãs do antigo Defender, especialmente nestes tempos de gasolina a R$ 5.

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O Wrangler é um daqueles modelos que não podem ser reinventados. É preciso manter a essência e melhorar o que pode ser melhorado. No caso, a estrutura passou a incorporar elementos de alumínio – portas, capô, para-lamas e moldura do para-bisa, além das dobradiças. O alumínio também foi usado na caixa de direção. O chassi continua sendo de aço, de alta resistência, enquanto a tampa traseira é de magnésio. Com isto, o Jeep Wrangler ficou 45 kg mais leve.

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O exemplar laranja das fotos é o Wrangler Rubicon, com vocação para as trilhas mais pesadas. Versão de quatro portas com entre-eixos longo (são 3,01 m) e câmbio manual de seis marchas, no caso do exemplar à mostra no Salão, o Rubicon conta com um sistema para desacoplar as barras estabilizadoras.

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É uma boa quando se está em terrenos extremamente acidentados, pois permite que a suspensão trabalhe de forma mais livre – afinal, as barras ligam uma extremidade à outra. O sistema é acionado pelo botão “SWAY BAR”, que você vê na foto abaixo. O outro botão opera o bloqueio dos diferenciais – tanto o dianteiro e o traseiro juntos quanto apenas o traseiro.

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O outro Jeep Wrangler, branco com entre-eixos curto, era o modelo Sport, que não possui o sistema que desacopla as barras estabilizadoras. No caso do exemplar levado ao Salão, o câmbio era automático de oito marchas.

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A Jeep também trouxe para o Salão do Automóvel o Jeep Cherokee, que recebeu uma bem-vinda reestilização. O modelo anterior apostou em um visual experimental, com o conjunto óptico dividido em dois “andares” – os faróis principais mais abaixo, e as luzes de posição e setas na parte superior, próximos ao capô.

Era um visual polêmico, que no modelo reestilizado ganhou proporções mais convencionais e agradáveis. A Jeep não definiu se o novo Cherokee será vendido no Brasil, utilizando o Salão do Automóvel para testar a reação do público.

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Confira, abaixo, mais imagens do estande da Jeep no Salão do Automóvel 2018 – incluindo um Jeep Willys CJ clássico, que foi inspiração para um Renegade customizado.

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