FlatOut!
Image default
Zero a 300

Honda deverá trocar Fit por City hatch no Brasil, Porsche 911 não terá 4.0 aspirado, Nissan GT-R 50 anos e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Honda terá City hatch no Brasil, Fit somente na versão aventureira

Além dos novos Fit e City, a Honda também registrou no Brasil nesta última terça-feira (19) a versão hatch do City. Como você deve saber, o registro de um carro não significa que a fabricante pretende realmente trazer o modelo ao país, mas este não é o caso do City hatch.

Nossa apuração com fontes ligadas à marca apontou que a Honda registrou o modelo hatch do City no Brasil para ter uma resposta mais adequada ao novo Onix e ao Polo, já que o Fit tem um perfil diferente de hatchback. Isso também explica o registro do Fit somente na versão aventureira Crosstar: ele substitui o WR-V como crossover compacto.

Com isso, retificamos a informação de ontem: o modelo a ser lançado neste ano deverá ser o City hatch, trazendo os motores 1.5 e 1.0 turbo, seguido pelo City sedã e pelo Crosstar em 2021. (Leo Contesini)

 

Porsche 911 Carrera não terá o 4.0 do 718

Bem, não é exatamente uma surpresa, afinal, o mundo caminha para esta direção, mas a Porsche confirmou que o 911 não terá mais motores aspirados. O modelo já substituiu seu antigo flat-6 de 3,6 e 3,8 litros por um novo flat-6 biturbo de 3 litros, mas manteve o 4.0 para as versões GT3.

Além disso, como a Porsche usou o motor biturbo do 911 Carrera para criar o 4.0 aspirado dos 718 GTS, o que alimentou as esperanças dos puristas sobre um 911 Carrera aspirado. Mas isso não vai acontecer: em entrevista à revista Evo, o chefe das linhas 911 e 718, o Dr. Frank-Steffen Walliser, disse que não é viável oferecer o 4.0 no 911 Carrera.

A explicação da inviabilidade foi um tanto rasa: Walliser se limitou a dizer que o motor não pode ser girado 180 graus para ser usado no Carrera. Os motivos não são claros, especialmente porque o 4.0 do 718 GTS é justamente o flat-6 do 911 Carrera sem turbos e “girado 180 graus”, evidentemente modificado. A questão é como (ou se) estas modificações que inviabilizam a utilização no 911 Carrera. Isso não foi explicado e nem deverá.

O motor 3.0 biturbo, teoricamente, tem uma necessidade maior de espaço no cofre devido aos dois turbos, algo que o 4.0 aspirado não tem. Ao mesmo tempo, o aumento de 1.000 cm³ não é algo que exige uma mudança nas dimensões externas do motor — afinal, estamos falando de menos de 167 cm³ por cilindro, uma mudança de unidades de milímetros no diâmetro e curso do motor.

Diante disso, nos parece mais que a Porsche encontrou uma forma mais sucinta e menos questionável de dizer que ela não pode colocar o 4.0 aspirado no 911 por uma questão de segmentação e desempenho. Apesar de haver uma demanda por uma versão purista, como mostra o 911 T da geração anterior, a maior parte do público da Porsche procura um modelo de alto desempenho, um parâmetro que é definido por benchmarking.

Para fazer frente à concorrência e atender às benditas normas de emissões, a Porsche optou pelo 3.0 turbo para os Carrera. Nesse cenário, um 911 Carrera aspirado causaria as seguintes situações: um modelo de entrada aspirado poderia desviar o foco do GTS por ser mais purista — um fator objetivo que a Porsche usa como agregador de valor — e um GTS aspirado não teria desempenho ao nível dos rivais. Ainda que o fizesse mais potente, ele mataria a chance de fazer um novo 911 T ou GT3 Touring. (Leo Contesini)

 

Nissan GT-R50 by Italdesign é revelado em fotos oficiais

Foi no Goodwood Festival of Speed, em junho de 2018 que a Nissan revelou ao mundo o conceito GT-R50 by Italdesign, uma reinterpretação de seu esportivo feita pelo estúdio italiano para comemorar os 50 anos tanto da Nismo, sua divisão esportiva e de competição, quanto da própria Italdesign. Embora seu design fosse um tanto controverso, o conceito gerou interesse o bastante para que a Nissan decidisse transformá-lo em um carro de rua de produção limitada, como foi confirmado oficialmente cinco meses depois.

De lá para cá, a versão de rua foi mostrada apenas como projeção. O carro seria mostrado ao vivo no Salão de Genebra deste ano mas, como a pandemia, o evento foi cancelado – o que nos traz à notícia de hoje: as primeiras fotos de verdade do Nissan GT-R50.

Seu design continua controverso – ele é obviamente baseado no GT-R Nismocomum, mas tem uma nova dianteira com formas complexas, uma enorme grade e faróis mais afilados com barras de LED horizontais. Na traseira, há o vigia de superfície côncava, lanternas vazadas e a face pintada de preto, contrastando com a carroceria que, neste carro em específico, vem na cor verde-azulado. Além disso, a linha do teto é 54 mm mais baixa que no GT-R normal.

O interior não mudou tanto como o lado de fora – o design do painel é o mesmo, embora o acabamento tenha ganhado uma dose extra de fibra de carbono e Alcantara. O que é uma pena, porque o interior do conceito tinha um visual bem mais radical e diferente do que se vê no GT-R normal.

Mas, goste você ou não do visual, não dá para ignorar as mudanças mecânicas – o GTR-50 usa uma versão modificada do motor V6 VR38DETT de 3,8 litros, capaz de entregar 710 cv e 79,5 kgfm de torque (um acréscimo de 110 cv e 13 kgfm em relação ao GT-R Nismo). A caixa de dupla embreagem e seis marchas foi reforçada para lidar com os novos números, e o conjunto leva o carro de zero a 100 km/h em 2,6 segundos.

Curiosamente, apesar de ter sido mostrado de fato só agora, o GT-R50 está disponível para encomendas desde dezembro de 2018. E ainda restam algumas unidades disponíveis, segundo a Nissan – a um preço de € 990.000 (cerca de R$ 6,2 na cotação atual). Talvez por custar cerca de cinco vezes o preço de um GT-R Nismo normal, e pelo fato de ser baseado em um projeto de 2007… (Dalmo Hernandes)

 

Volvo vai mesmo limitar a velocidade máxima de seus carros a 180 km/h

Em março de 2019 a Volvo anunciou uma medida assumidamente controversa: em um futuro próximo, todos os seus carros, em todos os mercados, teriam a velocidade máxima limitada a 180 km/h. Pois este futuro chegou – o novo limite de velocidade começa a ser adotado a partir de agora.

E a Volvo vai além: além do novo limite, todos os carros virão com uma chave especial chamada Care Key, que permite ao proprietário definir limites adicionais ainda mais baixos – por exemplo, para o cara que vai emprestar o carro para o filho que acabou de tirar a carteira de motorista e não confia em suas habilidades (ou em seu juízo).

De acordo com a Volvo, ambas as medidas fazem parte de um esforço para reduzir acidentes causados por excesso de velocidade em vias públicas. E faz sentido, de certa forma, pois fora às Autobahnen alemãs, não há muitos outros lugares no mundo onde se pode chegar aos 180 km/h sem cometer uma infração de trânsito.

Talvez seja mais uma barreira psicológica, para desestimular os donos dos carros a chegar ao limite em uma rodovia – fazê-los pensar “de que adianta eu acelerar se nem vou chegar aos 200 km/h?” Contudo, nos soa como algo que terá pouca eficácia na prática – até porque o limite de 180 km/h continua incompatível com a velocidade máxima permitida por lei em praticamente todas as vias públicas do planeta. Além disso, quem costuma levar seu carro para a pista não vai poder levá-lo ao limite, e isto pode ter uma influência negativa na percepção da Volvo pelos entusiastas. (Dalmo Hernandes)

 

Tesla vai colocar baterias mais baratas em seu Model 3

A Tesla tem reputação de marca premium no mundo todo – seus carros elétricos são considerados objetos de desejo, artigos de luxo, descolados e modernos. Mas parece que a fabricante quer mesmo atuar em uma frente mais acessível – mesmo o Model 3, seu modelo mais barato, ainda custa o mesmo que um BMW Série 3. E, para isto, a fabricante pretende investir em baterias de longa duração mais baratas.

As novas baterias da Tesla estão sendo desenvolvidas em parceria com uma empresa chamada Contemporary Amperex Technology. De acordo com a fabricante, com o custo de fabricação reduzido, as baterias são o primeiro passo para tornar o custo por veículo de um Tesla igual ou menor ao custo de fabricação de um carro a combustão interna – permitindo que, enfim, os modelos da Tesla sejam vendidos com lucro. Além disso, as baterias prometem vida útil de 1,6 milhão de quilômetros e poderão ser reaproveitadas na infraestrutura de eletricidade local.

Inicialmente, as novas baterias serão utilizadas nos Tesla Model 3 fabricados na China, mas o plano é levá-las para o mercado global. Com isto, a Tesla poderá alcançar status não apenas de fabricante de automóveis, mas também de fornecedora de eletricidade. Vale mencionar, porém, que estas informações forma compartilhadas com a imprensa internacional por fontes ligadas à empresa, e não são confirmadas oficialmente por Elon Musk. (Dalmo Hernandes)