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Zero a 300

Liberação do diesel volta a ser discutida na Câmara, o futuro SUV compacto da Volkswagen, Honda não quer mais ter carros “sem graça” e mais!

Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

Liberação do diesel para carros de passeio volta a ser discutida

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O projeto de lei 1013/11, que pretende liberar a comercialização de veículos de passeio a diesel no Brasil, voltou a ser discutido nesta quarta-feira (2). Uma audiência foi solicitada pelo relator do processo, Evandro Roman, com o argumento da melhoria significativa na qualidade do diesel produzido no Brasil nos últimos 30 anos.

Segundo Roman, “a revogação dessas restrições não trará aumento da emissão total de poluentes de veículos nem haverá problema para atendimento do incremento de demanda desse derivado de petróleo”. Roman também ressalta que a liberação do combustível terá efeitos benéficos para a indústria automobilística nacional, com a possibilidade de aumento das exportações de veículos movidos a óleo diesel e de desenvolvimento tecnológico de motores. Além disso, o fim da proibição poderia levar ao fim do subsídio pago pelo governo federal à Petrobras devido ao aumento na demanda.

O projeto já havia sido discutido anteriormente em audiência pública em outubro de 2015. Na ocasião, a Aprove Diesel, entidade que reúne empresas de tecnologia do setor de autopeças, defendeu a liberação dos veículos de passeio a diesel, mas a Associação Nacional de Veículos Automotores (Anfavea) ainda não tinha posição definida sobre o tema — e já havia recomendado a rejeição da proposta anteriormente. O projeto também já havia sido rejeitado pela Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara em novembro de 2014 após um parecer apresentado pelo deputado Sarney Filho com o argumento de que o diesel ainda é de sete a oito vezes mais poluente do que a gasolina.

 

Honda quer parar de fazer carros “sem graça”

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O lançamento do novo Civic parece ter sido o início de uma nova filosofia na Honda. O modelo foi aclamado pela imprensa internacional, que já avaliou o carro há alguns meses e, em sua maioria, disse que o carro “voltou a ser bom como era no passado”. O resultado não foi por acaso: o alto escalão da Honda está mesmo disposto a voltar a fazer carros empolgantes, como notou o pessoal do Jalopnik em uma entrevista da agência Reuters com dois executivos da Honda sobre as mudanças trazidas pelo novo CEO da marca, Takahiro Hachigo.

De acordo com a entrevista, os próprios executivos reconhecem que ao longo dos anos os modelos da marca ficaram “sem inspiração”. “Nosso processo de desenvolvimento de produto se tornou demasiadamente complexo e caro, envolvendo um número enorme de engenheiros e executivos de marketing e vendas”, disse um dos executivos à Reuters. “Como resultado, começamos a produzir carros sem graça e pouco inspirados, algo claramente projetado por um conselho”, completou.

“Os executivos de venda envolvidos no planejamento de produto estão mais concentrados nas necessidades imediatas dos consumidores. É preciso se concentrar nisso, mas não ajuda muito no processo de imaginar que carros devemos produzir daqui a cinco ou dez anos”, disse o outro executivo. Ambos preferiram manter-se anônimos, segundo a Reuters. Ainda de acordo com a entrevista, a Honda está limitando o papel dos executivos de vendas, e o CEO está dando mais independência à equipe de pesquisa e desenvolvimento.

Logicamente isso não basta para produzir carros mais interessantes, mas certamente voltar seus objetivos para o desenvolvimento de carros que as pessoas desejam em vez de fazer apenas produtos confiáveis, porém sem uma ligação mais forte com o consumidor, é um passo na direção certa. Ou, usando os termos de Bob Lutz: é uma vitória dos car guys sobre os bean counters.

 

Volkswagen apresenta crossover compacto no Salão de Genebra

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Além da Audi, que apresentou seu Q2 nesta semana em Genebra, a Volkswagen também terá seu SUV compacto. Ele deverá demorar alguns anos ainda, mas as intenções já foram anunciadas no Salão de Genebra com o conceito T-Cross Breeze.

Sim, ele é apenas um estudo de design, mas também antecipa a linguagem de design, o porte e powertrain que a Volkswagen irá seguir na hora de construir seu concorrente do segmento dos SUV compactos. O T-Cross será o menor dos sete crossovers que a Volkswagen planeja ter em sua linha até 2020 — os demais são o T-Roc, Tiguan, Tiguan XL (sete lugares), Touareg e um novo SUV médio ainda sem detalhes.

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O T-Breeze é equipado com o motor 1.0 turbo de três cilindros e 110 cv (uma variação daquele usado no Audi Q2), combinado com o câmbio DSG de embreagem dupla e sete marchas para mover as rodas dianteiras e os 1.250 kg do modelo. Ele tem 4,13 m de comprimento, 1,80 m de largura, 2,56 m de entre-eixos e 1,56 m de altura com a capota fechada. Sua eventual versão de produção deverá ter medidas semelhantes, e será baseada na plataforma modular MQB, também usada no Audi Q2. Ainda não há detalhes sobre os mercados em que será vendido, mas considerando o potencial do segmento no Brasil, ele seria uma boa aposta contra EcoSport, HR-V, Renegade e afins.

 

Fiat mostra Fullback com pegada off-roader

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Além do 124 Spider Abarth e sua versão de rali, e dos novos Tipo hatch e perua, a Fiat também levou ao Salão de Genebra sua mais nova picape média: a Fullback. Ela não é exatamente uma novidade — o modelo já havia sido apresentado em novembro no Salão de Dubai, porém com uma roupa mais comportada e bem menos interessante. Para o evento suíço, contudo a fabricante italiana deu um visual mais offroader que até nos faz esquecer que se trata de uma Mitsubishi L200 rebatizada.

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A diferença entre esta Fullback de Genebra e o modelo apresentado no ano passado começa pela pintura “Liquid Metal Grey”, com detalhes em preto fosco como os espelhos, maçanetas, santo-antônio, grade frontal e arcos dos para-lamas. As rodas agora são de 20 polegadas com detalhes diamantados e pneus off-road. Sob o capô, está o mesmo 2.4 turbodiesel de 180 cv que trabalha com o câmbio automático de cinco marchas e a tração 4×4.  Por dentro a Fullback recebeu bancos de couro e detalhes de cobre anodizado no painel, além do sistema multimídia com navegação GPS.

 

Mercedes-AMG E63 é flagrado com menos disfarces

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O novo Mercedes-AMG E63 já está em uma etapa avançada de testes, conforme mostram estes flagras do pessoal do Carscoops. Como a geração anterior, as principais mudanças em relação aos modelos comportados são os novos para-choques dianteiros com tomadas de ar maiores, para-lamas mais largos e, claro, o capô com o ressalto duplo inspirado no clássico 300SL. Na traseira, o difusor é emoldurado pelas quatro saídas de escape e um pequeno spoiler na borda da tampa do porta-malas. E pelas rodas de liga leve podemos ver enormes discos de freio frisados e perfurados.

O motor será o mesmo 4.0 V8 do C63 e do AMG GT, porém com potência próxima dos 600 cv na versão E63 S. O câmbio será o primeiro de nove marchas da AMG, provavelmente uma versão Speedshift do novo 9G-tronic e irá moderar a força do motor enviada para o sistema de tração integral 4Matic. A Mercedes já havia mencionado anteriormente que o E63 AMG deixaria de ser oferecido com tração traseira e passaria e contar apenas com tração integral. O modelo será apresentado em outubro, no Salão de Paris.