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Zero a 300

Morreu Stirling Moss, um relógio Bugatti com motor W16, o sucessor do McLaren P1 e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Morreu Sir Stirling Moss

Sir Stirling Craufurd Moss, um dos maiores pilotos de todos os tempos, morreu nas primeiras horas deste domingo (12) aos 90 anos. Ele já vinha apresentando problemas de saúde desde 2018, depois de uma infecção pulmonar que o levou a se retirar da vida pública.

Moss é frequentemente considerado “o melhor piloto a nunca vencer um título da F1”, contudo, repetir este “título” é reduzir sua brilhante carreira marcada pela versatilidade, tendo disputado — e vencido — corridas de estrada, provas de longa duração e, claro, dezenas de Grandes Prêmios da Fórmula 1. Ele foi quatro vezes vice-campeão da F1 e chegou em segundo na 24 Horas de Le Mans duas vezes, com uma vitória de classe na segunda vez.

Seu maior feito, contudo, foi a vitória na Mille Miglia de 1955, quando inventou o papel do navegador e as pace notes junto do jornalista Denis Jenkinson. Além do recorde da prova, jamais quebrado, o legado da dupla está vivo até hoje em cada carro de rali do planeta.

Moss se aposentou cedo, depois que um grave acidente que o deixou em coma por um mês e paralisado no lado esquerdo do corpo por meio ano em 1962. Apesar de ter se recuperado, ao realizar uma sessão de testes no ano seguinte, ele percebeu que não tinha mais o mesmo comando instintivo do carro e optou por abandonar as pistas. Desde então Moss atuou como comentarista de TV e participou de provas históricas e  eventos automobilísticos. Ele ainda chegou a disputar duas temporadas do Campeonato Britânico de Turismo (BTCC) em 1980 e 1981, mas se aposentou pela segunda vez aos 52 anos.

Nos últimos anos, Moss participava regularmente de grandes eventos de carros clássicos, dirigindo ou pilotando os modelos que fizeram parte de sua carreira, e dizia que só deixaria de dirigir quando sentisse medo ao volante — o que aconteceu em 2011, durante um treino para o Goodwood Revival.

Nos oito anos seguintes ele continuou fazendo aparições esporádicas e apenas conduzindo os carros em curtos trajetos em eventos, mas, depois da infecção pulmonar que sofreu em 2017, optou por se retirar da vida pública e se manter recluso com a família. Moss era o mais idoso vencedor de Grandes Prêmios da F1, e o último piloto a vencer corridas nos anos 1950 ainda vivo. (Leo Contesini)

 

Jacob & Co. lança relógio Bugatti com motor de 16 cilindros

Se você admira o feito de engenharia que é o motor W16 do Bugatti Chiron mas um carro de R$ 15 milhões não está exatamente dentro do seu orçamento, há uma alternativa mais em conta: o novo relógio da Jacob & Co.

O Jacob & Co. Bugatti Chiron Tourbillon tem um design que foge completamente do que se vê tradicionalmente em relógios high-end – ele tem um visor retangular, carcaça de titânio, detalhes na parte inferior que imitam a dianteira do Bugatti Chiron e, abaixo do mecanismo principal, a réplica de um bloco W16 da Bugatti feita em safira. É uma peça muito detalhada, com direito a virabrequim e pistões que funcionam de verdade, sendo que o virabrequim é usinado de uma única peça de aço inoxidável. O mecanismo do bloco é separado do movimento principal do relógio – ele é atuado por corda, e o motor gira por cerca de 20 segundos.

Agora, por mais que estejamos falando de um W16 mais acessível, não queremos dizer que ele é barato: o Jacob & Co. Bugatti Chiron Tourbillon custa US$ 280.000, ou pouco mais de R$ 1,4 milhão. Pelo visto só mesmo quem tem grana para bancar um Chiron de verdade vai poder usar a réplica do seu motor no pulso… (Dalmo Hernandes)

 

Protótipo misterioso do Mustang era mesmo o Mach 2

Há alguns dias a Ford divulgou um comunicado pedindo ajuda para identificar um protótipo misterioso, do qual a fabricante encontrou algumas fotos em seu arquivo. Na ocasião, a Ford disse que uma das hipóteses era a de que o carro fosse o conceito Mach 2, apresentado em 1967, mas que a possibilidade foi descartada porque o carro das fotos era um Mustang 1966. E também porque o conceito finalizado não conservava nenhum painel de carroceria do Mustang – diferentemente do carro misterioso, que tinha os para-lamas e o painel traseiro do pony car.

Agora, porém, a Ford diz que o carro provavelmente é mesmo o Mach 2 em fase inicial de desenvolvimento. O arquivista encarregado de resolver o mistério, Jamie Myler, conversou com Jim Farrell, historiador que está escrevendo um livro sobre a história da Ford. Em seu arquivo de fotos, que abrange projetos da Ford feitos entre as décadas de 1950 e 1990, há imagens do protótipo misterioso e do Mach 2, e as datas das fotos batem. Farrell também entrou em contato com um dos designer envolvidos com o projeto, Bud Magaldi, e ele confirmou que o protótipo é, de fato, o Mach 2.

Ele diz que o conceito era um projeto secreto da equipe de design, e que o mesmo estava sendo construído no porão do departamento. A explicação para a diferença entre as carrocerias é simples: o protótipo ainda trazia um design preliminar, que aproveitava alguns painéis da carroceria do Mustang. Mais tarde, porém, decidiu-se que a carroceria seria feita de fibra de vidro.

Magaldi também afirma que o Mach 2 era um carro totalmente funcional e que, além do motor central-traseiro, trazia outras características inovadoras para um Mustang da época, como a suspensão traseira independente e o câmbio manual de cinco marchas. A suspensão dianteira, os freios e a caixa de direção, porém, eram emprestadas do Mustang.

Falta ainda, porém, descobrir onde o carro está. Mas isto será difícil – a Ford já procura o Mach 2 há algum tempo e nunca teve sucesso. É bem provável que ele já tenha sido destruído, como era comum acontecer com os conceitos daquela época depois que seu propósito era cumprido. (Dalmo Hernandes)

 

Sucessor do McLaren P1 deve ser lançado em 2024

A McLaren está investindo em planos de longo prazo – não sabemos nem se a sociedade como conhecemos hoje ainda vai existir em 2024 e a fabricante britânica está falando sobre o sucessor do McLaren P1.

Em entrevista à Autocar, o CEO da McLaren, Mike Flewitt, diz que o carro será com certeza eletrificado. E ele afirma que até existe a possibilidade de ele ser um elétrico, mas que isto dependerá muito da evolução das baterias até lá – assim, ele aposta mesmo em um conjunto híbrido, como já era no P1.

“Eu gosto de carros elétricos. Eu andei dirigindo carros elétricos com frequência ultimamente. Eles são responsivos, sofisticados e têm desempenho incrível. Mas os tempos de recarga ainda são uma restrição grave”, comentou Flewitt. “Pegue o McLaren 765LT como exemplo. Sabemos que muitos de nossos clientes vão levá-lo para a pista. Se ele fosse elétrico, talvez aguentasse 30 minutos acelerando antes de precisar ficar plugado na tomada até o dia seguinte. Não é uma proposta muito convincente.”

Ainda de acordo com a Autocar, que conversou com outras fontes dentro da McLaren, é provável que o novo P1 (que ainda não tem nome) utilize um ou dois motores elétricos na dianteira, mais um motor a combustão para mover o eixo traseiro – um V8 biturbo ou mesmo o V6 híbrido que deve ser apresentado ainda este ano em um novo modelo. (Dalmo Hernandes)

 

Fabricantes se preparam para retomar produção de automóveis

As fabricantes de automóveis de todo o planeta estão se preparando para retomar a produção de automóveis usando diversos protocolos de segurança para seus funcionários.

A Ferrari, por exemplo, disse que faria exames de sangue dos funcionários que quiserem saber se foram expostos ao vírus, enquanto a General Motors irá adotar as medidas tomadas pela Amazon — que continuou funcionando durante a quarentena – para proteger seus funcionários, como monitoramento de temperatura corporal para identificar quem estiver em estado febril antes de entrar no ambiente de trabalho.

Os fabricantes também irão manter os funcionários em distância mínima de entre 1 e 2 metros entre si, e luvas e máscaras serão obrigatórias durante a operação. Na Europa, as fabricantes esperam retomar as atividades na segunda quinzena de abril, enquanto nos EUA isso deve acontecer na primeira semana de maio. Na Coreia, na China e no Japão a indústria já está em operação.

No Brasil a maioria das fabricantes pretendia retomar as atividades ainda nesta quinzena, contudo, a prorrogação da quarentena oficial no estado de São Paulo fez com que algumas fabricantes fossem obrigadas a adiar a retomada de atividades. (Leo Contesini)