FlatOut!
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Zero a 300

Mundial de Endurance de volta ao Brasil, Mercedes-AMG diz que Project One pode quebrar recorde de Nürburgring, a volta da Brabham e mais!

Este é o Zero a 300, nossa rica mistura das principais notícias automotivas (ou não) do Brasil e de todo o mundo, caro car lover. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere com a gente!

 

WEC voltará ao Brasil em 2019

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O Zero a 300 de hoje começa com uma notícia bastante inesperada: o Mundial de Endurance (WEC) irá voltar ao Brasil em 2019. Depois das provas de 2012, 2013 e 2014, a categoria passou quatro anos afastada do País, mas está voltando na temporada de 2019. O local, a data e a duração da prova não foram confirmados, mas espera-se que ela seja realizada em Interlagos em dezembro de 2019.

O retorno, na verdade, já vinha sendo cogitado desde o final do ano passado, mas foi confirmado nesta semana com o agendamento do anúncio oficial para o próximo dia 22 de março. O que se sabe até agora, é que o evento não será mais promovido por Emerson Fittipaldi, e sim pela empresa N.Duduch, e que o embaixador da prova será Bruno Senna, atual campeão do WEC na categoria LMP2. Mais detalhes serão revelados na próxima semana, após a apresentação da prova.

 

Mercedes diz ser capaz de quebrar recorde da Porsche em Nürburgring

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Depois de colocar um motor de Fórmula 1 em um carro de rua, a Mercedes-AMG volta a apostar alto e surpreender o público com suas afirmações ousadas: segundo Tobias Moers, o chefe da divisão esportiva, o novo hipercarro Project One é capaz de quebrar o recorde da Porsche em Nürburgring Nordschleife. Mas não o atual recorde do Porsche 911 GT2, de 6:47,3, e sim os insanos 6:11 de Stefan Bellof em 1983, com o Porsche 956.

Em entrevista ao site da Autocar, Tobias Moers disse que é “razoável especular” que o Project One esteja mirando no recorde geral de Nürburgring estabelecido por Bellof durante os 1000 Km de 1983. Foram 6:11,13 cravados durante os treinos de classificação, com o flat-6 biturbo trabalhando sob pressão máxima, e 6:25 com o carro em acerto de corrida. Além da potência, estimada em mais de 800 cv, o Porsche 956 ainda se beneficiava de efeito solo e outros aprimoramentos aerodinâmicos desenvolvidos na Fórmula 1 — além, é claro, do talento de Bellof. O piloto alemão, aliás, disse que a volta poderia ter sido ainda mais rápida pois cometeu dois erros e perdeu tempo atrás de um Porsche 911.

É claro que, como engenheiro, Moers tem ciência do que está falando e sua declaração deve ter sido baseada nas simulações computadorizadas feitas pela Mercedes-AMG com os dados do carro como, por exemplo, 675 kg de downforce, praticamente metade do peso do Project One, bem como os mais de 1.000 cv produzidos pelo V6 turbo e suas assistências elétricas. Não seria arriscado apostar na queda do recorde do Porsche 991 GT2, mas o recorde geral é outra história.

Primeiro porque estamos falando de um carro de corridas de 800 kg com efeito solo, suspensão de corrida e pneus slick. Só os pneus podem dar uma vantagem de 20 a 30 segundos, como bem observou Jim Glickenhaus na época do polêmico recorde do Lamborghini Huracán Performante. O Mercedes também é mais pesado, e ainda que tenha relação peso/potência próxima de 1:1, estamos falando de momento polar de inércia: carros mais leves mudam de direção mais rapidamente — ainda que a downforce esteja presente, ela não é massa e não está sujeita à inércia. Além disso, os recordes hoje são “disputados” em um traçado 200 metros mais curto, o que impossibilita a comparação de tempos — a menos que eles sejam substancialmente mais baixos.

Por último, é bom lembrar que ao volante do Porsche 956 estava um dos maiores pilotos da história do automobilismo, com um dos melhores carros de sua época, em condições quase ideais, tentando baixar o tempo de 6:16 estabelecido por seu colega Jochen Mass, com quem dividiu o carro naquela prova. Não que estejamos duvidando da capacidade dos pilotos de testes da Mercedes, mas seria como ter um dos pilotos de F1 da marca no cockpit do carro, algo que as seguradoras e a própria cúpula da Mercedes certamente jamais permitiria, dados os riscos envolvidos.

No fim, talvez a Mercedes-AMG tenha exagerado na afirmação. Ou talvez eles tenham criado um carro de outro mundo que irá trazer o desempenho esportivo para o “Level Hard” junto de rivais como o Aston Valkyrie e o McLaren Senna. O que vocês acham?

 

Toyota Etios finalmente ganha controles de tração e estabilidade

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A Toyota anunciou nesta semana o lançamento da linha 2019 (sim, 2019) do Etios. O modelo continua com aquele design racional, sem muita inspiração — embora o atual para-choques dianteiro tenha o deixado mais interessante —, mas agora oferece, de série, controle de estabilidade, controle de tração e assistente de partida em rampa. Além disso, a versão Hulk Hogan Cross deixou de ser oferecida devido à baixa demanda.

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Os preços também acabaram reajustados, e o Etios agora parte de R$ 48.400 na versão X manual, equipada com o motor 1.3 de 98 cv. Acima está o X automático, que custa R$ 53.440 e é atualmente o automático mais barato do mercado. A versão X Plus, posicionada logo acima, troca o motor 1.3 pelo 1.5 de 107 cv e cobra R$ 54.920 com o câmbio manual de seis marchas, ou R$ 59.960 com o automático de quatro marchas. No topo estão as versões XLS e Platinum, ambas com o mesmo conjunto mecânico — motor 1.5 de 107 cv e câmbio automático —, que saem por R$ 64.440 e R$ 67.690.

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O modelo sedã é oferecido nas mesmas versões, porém sempre com o motor 1.5 de 107 cv. Os preços partem de R$ 53.240 na versão X manual e chegam aos R$ 71.150 na versão Platinum com o câmbio automático.

Todos os Etios vêm de série com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, vidros elétricos nas quatro portas, chave por telecomando, controles de tração e estabilidade e sistema Isofix para afixação de assentos infantis.

 

Brabham voltará com um novo carro em maio

A lendária Brabham está preparando seu retorno ao mundo automobilístico com a Brabham Automotive. Os herdeiros de Sir Jack Brabham, que estão por trás da empreitada, estão sendo discretos nos detalhes, mas já divulgaram o nome do primeiro modelo e alguns segundos do ronco do motor.

Batizado BT62, ele continua a série de nomes iniciada por Jack Brabham e Ron Tauranac nos anos 1960 com o BT1, e que foi interrompida nos anos 1990 com o BT61 (que acabou nunca chegando às pistas). David Brabham, filho de Sir Jack, disse estar “emocionado por anunciar o nome Brabham BT62 como o primeiro projeto da Brabham Automotive”. Só não sabemos exatamente que tipo de carro o BT62 será — um monoposto de corrida, um carro de rua, um GT de pista, um carro leve de track day etc. A pergunta será respondida no próximo dia 2 de maio, quando o carro finalmente for revelado.

 

Rimac cria dispositivo “anti-Hammond”

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Depois de perder um de seus Concept_One durante as filmagens de The Grand Tour, a Rimac decidiu brincar com o ocorrido, escondendo um “easter egg” em seu mais novo modelo, o C_Two, apresentado no Salão de Genebra.

Quem enfiou a cara perto da janela traseira notou que ali, onde normalmente haveria um motor caso ele fosse um supercarro a combustão, havia um extintor de incêndio preso por uma tira de couro. E na tira estava estampada a frase “em caso de subida de montanha, apague o fogo” — uma mensagem direta a Richard Hammond, que foi o responsável pelo acidente que resultou em sua internação em um hospital suíço e levou o carro a ser consumido pelas chamas.

É claro que Hammond comentou a “homenagem”: “Estou lisonjeado. Sempre quis ter uma influência real no design dos carros. Agora eu tenho.”