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Car Culture

Nostalgia, parte 2: os jogos e brincadeiras que fizeram a cabeça dos entusiastas quando crianças

O Dia das Crianças já passou, mas ainda estamos em outubro, o Mês das Crianças! E, fala a verdade, é preciso mesmo ter uma data certa para celebrar a infância? Por isso, depois de lembrar de todos os carrinhos de brinquedo que nos divertiam à beça quando éramos pivetes, vamos falar das brincadeiras improvisadas – aquelas que só exigiam imaginação e, bem… qualquer coisa que estivesse ao alcance das mãos.

 

Corrida de canetas

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Quando a gente era criança qualquer coisa servia como brinquedo – qualquer coisa mesmo. Prova disso é a famigerada corrida de canetas, que deixava os professores loucos quando a gente resolvia brincar fora de hora. Vai dizer que não?

A premissa era bem simples: em uma folha de papel, desenhava-se um circuito – quanto mais criativo e cheio de curvas, melhor. Então, cada um dos competidores sacava uma caneta (de cores diferentes, se possível) e pressionava a ponta contra o papel, a um ângulo de 90 graus. Então, apertava-se a caneta com toda a força até que ela se soltasse e deixasse um rastro, que idealmente deveria apontar para a direção da linha de chegada. E, como você sabe, era mais difícil do que parece.

 

Pneus

Os pneus são a parte mais importante de um carro. Sendo assim, com a imaginação que tínhamos quando éramos crianças, brincar com um pneu era como brincar com um carro, oras!

Disputar uma corrida rolando pneus por aí, ou entrar dentro de um pneu (se fosse um pneu de trator, melhor) para sair rolando ladeira abaixo eram brincadeiras simples, mas garantiam tardes inteiras de diversão – especialmente quando a família ia passar o fim de semana no sítio.

 

Carros feitos com móveis

Temos certeza de que a sua mãe ficava louca quando você pegava as cadeiras da cozinha, tampas de panela, almofadas, travesseiros, lençóis e cobertores para construir um carro de faz-de-conta – porque você provavelmente não guardava nada depois. E era pior ainda quando você decidia que não faria um carro, e sim um ônibus para dar um rolê com os amigos.

 

Estrada de chão (literalmente)

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Se você era do tipo que acumulava carrinhos de brinquedo, é bem provável que deixasse os mais bacanas para brincar só dentro de casa e os mais simples e destruídos para sujar de terra lá fora. Em qualquer uma das situações, porém, uma coisa era certa: ruas, estradas e circuitos improvisados. Podia ser nos desenhos do piso, em uma folha de cartolina ou traçando caminhos com a mão no quintal. Em seus dias mais inspirados, talvez você até se empenhasse um pouco mais na composição do cenário, criando variações de relevo, pontes sobre riachos com água de verdade – para desespero da sua mãe, mais uma vez…

 

Carrinho de lata

Duas ou mais latas de leite ou óleo, unidas por arames, e mais um barbante para puxar – não era preciso mais do que isto para fazer um carrinho de lata. Não dá para ficar mais improvisado do que isto, dá? O mais bacana era colocar alguma coisa dentro para deixar o “carro” mais pesado. E, com seu formato, o brinquedo ainda servia como “rolo compressor” para construir suas estradas!

Rolimã

Não era difícil fazer um carrinho de rolimã: com uma tábua e alguns pedaços de madeira para os eixos, mais três ou quatro rolamentos (que você tinha toda a cara de pau do mundo para pedir nas oficinas) estava feito o brinquedo responsável pelas maiores descargas de adrenalina da sua infância, movido pela gravidade e parado pela sola dos sapatos. Era só procurar a maior ladeira do bairro, chamar os amigos e organizar as corridas.

Existem rolimãs “profissionais”, feitos de tubos de metal com rodas de borracha, banco almofadado e até freios. Eles podem ser até mais rápidos e mais seguros, mas não têm a mesma magia nostálgica.

 

Prancha de papelão

Se o seu pai não estava a fim de lhe fazer um rolimã e você não sabia ou não estava a fim, uma alternativa bem mais simples garantia a diversão: era só descolar um caixote ou mesmo uma caixa de papelão, achar um gramado inclinado e escorregar até o pé da colina. Várias vezes, até escurecer, sua mãe te chamar para entrar e ficar horrorizada com o estado das suas roupas.

 

Transformando a bike em uma moto

Quem nunca pedalou até as pernas cansarem, o mais rápido possível, enquanto imaginava que estava em uma corrida? E é claro que, para tornar as coisas mais emocionantes, você dava um jeito de simular o ronco de um motor. Como? Colocando a tampa de um pote de margarina, um cartão telefônico ou qualquer outra coisa que o valesse entre os raios e o quadro da bike. Para melhores resultados, recomendava-se fazer um “cano de escape” utilizando uma garrafa de plástico. Só faltavam as trocas de marcha!