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Novo Ford Fiesta ST: motor três-cilindros turbo, 200 cv e 6,7 segundos de zero a 100 km/h

A Ford acaba de apresentar nesta sexta-feira (24) a nova geração do seu pocket rocket, o Fiesta ST. Embora esta “nova geração” não seja tão nova quanto parece, o Fiesta ST foi completamente modificado em termos mecânicos: ele agora usa um motor turbo de três cilindros, tem vetorização de torque e outras particularidades para ser ainda mais rápido que seu antecessor.

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Sim, o motor agora tem três cilindros. Mas não é qualquer motor de três cilindros. Antes que você pense em qualquer argumento contrário a um esportivo de três cilindros, saiba que este 1.5 tem 200 cv e 29,5 mkgf de torque, e é alimentado por um sistema duplo de injeção — direta e no coletor, assim como os supercarros modernos. A Ford não divulgou a faixa de rotações em que esses números são produzidos, mas a faixa vermelha do conta-giros começa na região das 6.500 rpm.

O três-cilindros também usa comando de válvulas variável no escape e na admissão e um turbocompressor “otimizado para reduzir o turbo lag”, segundo a Ford, e usa coletor de escape integrado ao cabeçote, outra medida que visa reduzir o atraso a pressurização do turbo.

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O novo 1.5 turbo também tem um sistema de desativação de cilindros — o primeiro do mundo em um motor de três cilindros, segundo a Ford. O sistema é capaz de ativar ou desativar um dos três cilindros em apenas 14 milissegundos para economizar combustível quando você não precisar dos 200 cv em seu percurso.

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Além do motor a Ford também dedicou um bom tempo ao desenvolvimento do chassi e do envolvimento do carro com o motorista. Segundo a fabricante, o know-how da Ford Performance foi aplicado no ST para desenvolver seus três modos de condução — algo inédito no Fiesta. O primeiro modo, Normal, é voltado para o uso cotidiano, o que significa que o pedal de acelerador deve ter um pequeno delay proposital, algo que ajuda a economizar combustível. Nesse modo os controles de tração e estabilidade são mantidos em seus ajustes padrão.

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O segundo modo, Sport, muda o mapeamento do motor e do pedal acelerador para respostas mais rápidas. O ronco do motor é reforçado para a cabine por meio do sistema de áudio e pela abertura de uma válvula de bypass no sistema de escape, que desvia o fluxo por fora do abafador principal, fazendo o três cilindros roncar mais alto. Aqui vale um comentário pessoal: motores de três cilindros têm a mesma pulsação dos motores de seis-cilindros, o que tende a resultar em um ronco semelhante — obviamente menos encorpado, mas semelhante.

No terceiro modo, Track, o controle de tração é desativado e o controle de estabilidade fica mais permissivo, deixando o carro escorregar ligeiramente de traseira — algo que ajuda o hatchback a rotacionar e apontar com mais precisão nas entradas de curvas.

Outro recurso que ajuda o Fiesta ST a contornar curvas com mais precisão é a vetorização de torque pelo acionamento independente das pinças de freio: ao detectar a possibilidade de uma saída de frente (sub-esterço) o sistema freia a roda interna para manter a dianteira apontada para a direção correta. Em qualquer um dos modos o controle de estabilidade pode ser ajustado de três formas: intervenção total; modo “wide-slip”, que permite algum escorregamento dos pneus; ou completamente desligado.

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Infelizmente a Ford não divulgou o peso do foguetinho, mas sabemos que o motor pesa apenas 97 kg. Além disso, a atual geração pesa 1.245 kg e somente seu motor é 17 kg mais leve que o atual. Se a Ford conseguiu reduzir o peso da carroceria com a adoção de novas ligas de aço, podemos esperar um Fiesta ST com algo na casa dos 1.200 kg.

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Por dentro o Fiesta ST segue o estilo dos seus irmãos comportados. O painel, que na geração anterior tinha um arranjo poluído de botões e displays, agora ostenta um sistema multimídia flutuante de design elegante e funcional (e com sistema de áudio da Bang & Olufsen como opcional), com as saídas de ar logo abaixo, e os comandos do ar-condicionado na parte inferior, já no topo do console central.

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O quadro de instrumentos usa os instrumentos principais físicos, porém adota uma tela TFT para informações adicionais. O volante tem o desenho interno muito semelhante ao do Focus ST, porém usa aro menor, com base plana e mistura couro perfurado na empunhadura e couro liso no restante do aro. O raio inferior também traz o emblema ST, diferentemente do volante do Focus. Os bancos são fornecidos pela Recaro e trazem o emblema ST no encosto.

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No lado de fora ele continua atraente e provocativo. A Ford escolheu mostrá-lo apenas na versão três-portas, mas ele também será oferecido na versão cinco-portas. Em relação aos modelos comportados ele tem rodas de 18 polegadas, grade tipo trama, “com inspiração nos carros de corrida”, segundo a Ford, spoiler traseiro e uma nova opção de cor exclusiva dos modelos Ford Performance, a Liquid Blue.

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Se ele vem para o Brasil? Não conte com isso. Por algum motivo a Ford nunca se preocupou em trazer seus grandes ícones esportivos para cá e não será desta vez que isso vai acontecer. Lá fora o Fiesta ST 2018 chega somente no início do ano que vem.

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