FlatOut!
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Zero a 300

O fim do Mitsubishi Lancer no Brasil, BMW diz que motores a gasolina permanecem até 2050, o novo Aston Martin e mais!

Bom dia, caros leitores! Bem-vindos ao Zero a 300, a nossa rica mistura das principais notícias automotivas do Brasil e de todo o mundo. Assim, você não fica destracionando por aí atrás do que é importante. Gire a chave, aperte o cinto e acelere conosco.

O Zero a 300 é um oferecimento do Autoline, o site de compra e venda de veículos do Bradesco Financiamentos. Nesta parceria, o FlatOut também apresentará avaliações de diversos carros no canal de YouTube do Autoline – então, clique aqui e se inscreva agora mesmo (e não esqueça de ativar o sininho)!

 

Mitsubishi deixa de fabricar Lancer no Brasil

Lançado em 2007 lá fora e em 2011 no Brasil, o Mitsubishi Lancer (não o Evo, que nem existe mais, mas o sedã comum) já era um veterano em todos os aspectos. E agora, oito anos depois, ele enfim deixa de ser produzido em Catalão (GO). No resto do mundo, ele já havia saído de linha em 2017.

O anúncio veio velado, com a retirada do carro do site brasileiro da Mitsubishi. Mas não surpreende, porque as vendas do Lancer estavam baixíssimas – em todo o ano de 2019, apenas 1.353 exemplares foram emplacados em todo o território nacional, fazendo do Lancer um dos sedãs médios menos vendidos do ano.

Frente à concorrência japonesa, que faz questão de renovar-se constantemente, o Mitsubishi Lancer já estava mesmo ultrapassado. E agora, sua linha de produção vai dar espaço para o Eclipse Cross – afinal, no Brasil o forte da Mit sempre foram os utilitários esportivos e picapes.

O lado positivo é que, para queimar estoque, a Mitsubishi está vendendo as unidades restantes do Lancer a um preço bem em conta, que o coloca no mesmo patamar de alguns sedãs compactos: a versão HL-T, de topo, está saindo de R$ 86.990 por R$ 79.990 – um generoso desconto de R$ 7.000. Por um sedã médio com motor 2.0 de 160 cv e design bonito, ainda que meio ultrapassado, parece um bom negócio. (Dalmo Hernandes)

 

Aston Martin mostra teaser de speedster inspirado em Le Mans

Depois de uma notícia sobre um helicóptero inspirado pela Aston Martin, hoje temos algo mais apropriado a um site de carros: a fabricante britânica planeja lançar um modelo especial em homenagem a seus sucessos nas 24 Horas de Le Mans.

Batizado simplesmente “V12 Speedster”, o novo Aston promete uma experiência intensa graças à ausência completa de para-brisa e teto, exatamente como o Aston Martin DBR1 que venceu as 24 Horas de Le Mans em 1959. Uma referência mais atual, porém, é o conceito CC100, apresentado no já distante 2013, feito para comemorar o centenário da Aston Martin. Aquele carro era baseado no Aston Martin Vanquish, e era equipado com um V12 de seis litros e quase 600 cv, acoplado a uma caixa sequencial de seis marchas. Era o bastante para ir de zero a 100 km/h em por volta de quatro segundos. Esteticamente, o Speedster V12 não deverá ser muito diferente da projeção feita pelos britânicos da Autocar, que reproduzimos abaixo.

O novo Speedster deverá ter o mesmo motor V12 usado atualmente pela Aston, com 5,2 litros de deslocamento, dois turbos e potência próxima dos 700 cv. Serão feitos 88 carros, todos artesanalmente e sob encomenda. Não se fala em preço, mas não é surreal esperar que este fique em pelo menos £ 750.000 – o equivalente a quase R$ 4 milhões em conversão direta. (Dalmo Hernandes)

 

BMW diz que motores a combustão vão continuar por ao menos 30 anos

Já dissemos em diversas ocasiões que a transição para os motores elétricos deverá ser lenta e gradual — e talvez nunca acontece plenamente. Também falamos neste post que o auge de eficiência dos motores a combustão deverá acontecer por volta de 2050. Pois um dia depois de a Nissan declarar que o futuro está nos híbridos, a BMW faz uma afirmação semelhante, ao prever que os motores de combustão interna continuarão por aí por ao menos 30 anos.

Em entrevista ao site Automotive News, o chefe de pesquisa e desenvolvimento da BMW, Klaus Frölich, disse que a BMW irá matar o 1.5 de três cilindros a diesel e também o seis-em-linha a diesel de 400 cv, que não serão substituídos por serem demasiadamente complicados com seus quatro turbos. Contudo, os motores diesel com um e dois turbos continuarão em produção por mais 20 anos, enquanto os motores a gasolina permanecerão por mais 30 anos.

Caso você esteja achando que a BMW está errada e corre o risco de “perder o bonde da história” ao não dar tanta atenção aos elétricos, Frölich diz que o cenário não é tão fatalista quanto parece. De acordo com o alemão, os veículos elétricos, na mais otimista das projeções, terão entre 20 e 30 % do mercado no mundo inteiro, porém com concentrações de distribuição. Frölich diz que as grandes cidades costeiras da China, por exemplo, acabarão tendo 100% da frota elétrica, mas as cidades ocidentais ainda dependerão de gasolina por 15 ou 20 anos devido à falta de infra-estrutura.

Na Europa, que já travou uma batalha contra o diesel e irá forçar ainda mais a redução de emissões de motores a gasolina, contudo o consumidor local ainda é relutante em trocar um carro de combustão interna por um elétrico a bateria, por isso os híbridos plug-in devem se popularizar. Para Frölich os carros híbridos serão usados como elétricos a bateria durante a semana e poderão rodar com gasolina durante as viagens de férias, feriados e fins de semana. A BMW espera que 25% dos carros europeus sejam híbridos plug-in, carros a diesel e gasolina continuarão com mais de 50% e o restante serão modelos a bateria.

Quanto aos EUA, bem… eles serão o último reduto dos carros a combustão interna e, segundo Frölich, não precisam de carros a bateria.

A posição da BMW é, de certa forma pragmática, e aposta no ritmo natural do desenvolvimento tecnológico baseada no que ela própria faz e no que seus pares na indústria estão desenvolvendo. E mesmo que os governos reduzam prazos e limites de emissões, não há nada que impeça a BMW de negociar uma parceria técnica para intercâmbio de tecnologias em curto prazo. (Leo Contesini)

 

Chevrolet rebate o Procon-SP e diz que não há risco de incêndio com o vazamento de combustível do Onix

Em dezembro de 2019 a Chevrolet convocou o Onix e o Onix Plus para um recall com objetivo de substituir parte da tubulação que leva combustível do tanque para o motor, segundo o fabricante poderia haver vazamento. O Procon-SP notificou e ameaçou em multar a Chevrolet em R$ 10 milhões por não ter feito o anuncio público do recall conforme manda a legislação.

Segundo o Procon esse recall deveria ser anunciado publicamente por colocar vidas em perigo e ter risco de incêndio. A Chevrolet respondeu o Procon através de uma nota alegando que o recall não coloca vidas em risco, o vazamento de combustível é em uma parte do carro onde não há produtos inflamáveis e por isso não existe o risco de incêndio.

O fabricante está tratando o recall como “campanha de serviço” e informa os consumidores através de seu aplicativo ou das concessionárias. Segundo a Chevrolet 29.512 unidades estão envolvidas na “campanha” e os proprietários são orientados a agendar o reparo nas concessionárias, podendo usar o carro normalmente até o reparo ser feito. (Eduardo Rodrigues)

 

Bosch apresenta conceito de para-sol com inteligência artificial

A Bosch apresentou no Consumers Electronic Show (CES) deste ano um conceito de para-sol “inteligente”, capaz de escurecer somente os pontos necessários para bloquear os raios de sol na região dos olhos, reduzindo a obstrução da visibilidade dos para-sois comuns.

O conceito é baseado em uma tela de LCD transparente e translúcida, dotada de uma câmera apontada para o rosto do motorista. Esta câmera identifica a posição dos olhos do motorista e escurece apenas a área em que o sol pode atrapalhar a visão em tempo real — as células do painel se escurecem e clareiam de acordo com o movimento dos olhos e da cabeça do motorista, reduzindo a área escura.

Infelizmente trata-se apenas de um conceito que deverá levar algum tempo para chegar à produção — isso se chegar. Apesar da segurança trazida pelo aparelho, os demais sistemas de segurança do carro — como a própria direção autônoma emergencial — já evitariam os eventuais acidentes causados pela redução da visibilidade pelo para-sol, além de terem função múltipla em vez de apenas uma função. (Leo Contesini)

 

Geely e Daimler dividem Smart meio a meio

Confirmando suspeitas do mercado, a chinesa Geely e a alemã Daimler confirmaram nesta semana que cada uma das empresas detém 50% das ações da Smart, fabricante de minicarros urbanos que, recentemente, teve anunciada a sua mudança total de direcionamento.

O plano, a partir de agora, é manter a fabricação dos Smart ForTwo EQ e ForFour EQ, até 2022. Depois disto, Geely e Daimler vão desenvolver uma nova linha, com mais modelos, usando estilo alemão e tecnologia chinesa em propulsão elétrica. A ideia é que a “nova Smart” expanda sua atuação, a fim de rivalizar com carros maiores, como o novo Peugeot 208 elétrico e o Volkswagen ID.3. (Dalmo Hernandes)

 

Nissan NPT-90 de chassi número 01 está a venda

Você sempre sonhou em ter um carro de corrida que competiu na IMSA GT durante os anos 90? O piloto aposentado Bruce Canepa está vendendo o Nissan NPT-90 de chassi número 01, que fez a estreia do modelo em 1990 nos 300 Quilômetros de Topeka. Esse carro conseguiu o pódio em 15 das 22 corridas que participou.

O NPT-90 é uma evolução do vitorioso GTP ZX-Turbo, que derrotou o Porsche 962 e foi campeão do IMSA GT de 1988 a 1990. O NPT-90 usa o motor VG30DETT, o mesmo que equipou o 300ZX, que podia produzir mais de 950 cv no carro de corrida, podendo chegar a 1.500 cv em especificação de classificação. A maior evolução do NPT-90 era na aerodinâmica, o estilo era mais arredondado e a bolha do cockpit ficou menor para diminuir o arrasto.

O preço do carro não foi re velado pela Canepa Motorsports, outro NPT-90 foi arrematado em por US$ 475.000 em 2018 (aproximadamente R$ 1,92 milhões em conversão direta). Por ser o carro de chassi 01 e estar em melhor estado de conservação esse vendido por Canepa deverá atingir valores maiores, podendo chegar a valores próximos de 1 milhão de dólares. (Eduardo Rodrigues)