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Salão do Automóvel de SP

O novo Panamera, Cayenne S E-Hybrid, um 911 Turbo exclusivo e os destaques da Porsche no Salão de Sp

A Porsche nem precisava exibir seu 919 Hybrid para atrair o público para seu estande no Salão, afinal, estamos falando da fabricante do 911, da marca que reinventou o utilitário esportivo e da maior vencedora da história de Le Mans.

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Mesmo assim eles trouxeram o bólido #17, que chegou em segundo lugar nas 24 Horas de Le Mans de 2015, e o exibiram orgulhosamente como o verdadeiro troféu do título mundial de Endurance do ano passado, conquistado por Mark Webber, Timo Bernhardt e Brendon Hartley. Era um lembrete de que, apesar de suas duas novidades para o Brasil serem um super-sedã e um SUV híbrido, ambos foram desenvolvidos nas mesmas pranchetas e computadores que o protótipo de Le Mans.

O super-sedã em questão é o novo Panamera. Apresentado ao mundo em junho deste ano, o modelo chega ao Brasil neste mês em duas versões, a 4S e a Turbo.

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Agora baseado na nova plataforma MSB, o Porsche Panamera evoluiu seu design, mantendo as proporções básicas, porém suavizando a corcunda da antiga geração, o que o aproximou do 911 e deixou seu visual mais harmônico.

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Os motores também são novos: ele agora usa um V6 de 2,9 litros e um V8 de quatro litros. Ambos usam dois turbos de fluxo duplo instalados entre as bancadas de cilindros. Esse layout permite melhorar o tempo de resposta devido à proximidade dos turbos em relação aos coletores de escape, e também torna os motores mais compactos, permitindo que eles sejam instalados em uma posição mais baixa no cofre, mantendo o centro de gravidade mais baixo e colaborando para um melhor equilíbrio dinâmico.

A versão 4S, usa o V6 biturbo de 2,9 litros, 440 cv entre 5.650 e 6.600 rpm e 56 mkgf entre 1.750 e 5.500 rpm. Ele trabalha em conjunto com o câmbio PDK de oito marchas e embreagem dupla, que modera a força enviada para as quatro rodas. Com esse conjunto, o Panamera 4S vai de zero a 100 km/h em 4,2 segundos e segue até os 289 km/h.

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Já a versão Turbo é equipada com o V8 4.0 de 550 cv (entre 5.650 rpm e 6.600 rpm) e 78,5 mkgf (entre 1.960 e 4.500 rpm) e também usa o PDK de oito marchas e duas embreagens ligado às quatro rodas. Com eles, o modelo vai de zero a 100 km/h em 3,8 segundos e chega aos 306 km/h.

Para colocar um Panamera 4S na garagem o preço cobrado é de nada modestos R$ 758.000. Se você prefere algo mais encorpado como um V8, o modelo Turbo parte de R$ 981.000.

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Agora, se você quer um Porsche familiar um pouco mais modesto, a marca também está lançando no Brasil o Cayenne S E-Hybrid, que combina um V6 de 333 cv e um motor elétrico de 95 cv. O câmbio é um Tiptronic de oito marchas.

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No modo elétrico o motor de 95 cv pode rodar entre 18 e 36 km sem necessidade de recarga ou recuperação de energia, e acelera até os 125 km/h. No modo combinado, os dois motores trabalham juntos para produzir 416 cv e 60 mkgf, e levam o carro aos 100 km/h em 5,9 segundos e à máxima de 243 km/h. A média de consumo é de 12 km/l.

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A recarga do motor elétrico pode ser feita por tomada ou por recuperação de energia cinética por meio de um volante inercial. Em uma tomada comum de 110V ou 220V o tempo de recarga varia entre cinco e dez horas, dependendo do regime de potência selecionado no carregador. Também é possível comprar o carregador de 7,2KW opcional, que reduz o tempo de recarga para pouco mais de uma hora. O modo de recarga por recuperação de energia pode ser usado no modo à combustão, no qual o motor elétrico deixa de auxiliar o motor V6.

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Mais acima dissemos que o Cayenne S E-Hybrid é mais modesto porque ele custa “apenas” R$ 432.000. Sim, é muito dinheiro, mas seus rivais do mesmo porte, quando mais baratos, não oferecem o mesmo nível de potência e economia. Já os rivais com potência semelhante ou superior, são de um patamar acima, quase sempre com espaço para sete passageiros e motores V8 a gasolina, com consumo bem mais elevado. Sendo direto, embora seja caro, o Cayenne S E-Hybrid é uma bela barganha em sua faixa de preço.

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Voltando à realidade milionária da Porsche, a marca também manteve em seu estande um 911 Turbo S “special order”, com uma lista de opcionais e itens de customização Porsche Exclusive quase surreal de tão extensa. O FlatOut fotografou o carro com exclusividade.

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Praticamente todos os elementos deste 991.2 (já com o turbo 3.8 renovado, com 580 cv) foram personalizados — da pintura aos emblemas, da costura dos bancos aos tapetes. A carroceria foi pintada na cor especial Viper Green, combinando com as costuras Verde Ácido dos bancos, portas, painel, console central, soleiras, saídas de ar e coluna de direção (sim: as soleiras, as saídas de ar e a coluna de direção são revestidas de couro). Os tapetes são de carbono com borda de couro, enquanto assentos e encostos dos bancos, borboletas, volante e parassóis são de Alcantara.

Por fora ele recebeu os adesivos 911 Turbo S nas portas, emblemas pintados de preto, rodas Sport Classic de 20 polegadas pintadas de preto, kit aerodinâmico 911 Turbo pintado de preto brilhante, farois de LED com elemento interno preto brilhante, e sistema de elevação da dianteira (para não raspar o bico do carro em rampas). No total esta lista especial de opcionais custa quase R$ 165.000, cerca de 13% dos R$ 1.233.000 sugeridos pela Porsche pelo 911 Turbo S básico.

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Além dos lançamentos nacionais e deste 911 mais que especial, também marcaram presença um Cayman GT4 Clubsport — a versão de pista do Cayman GT4, equipada com o motor 3.8 aspirado de 385 cv e câmbio PDK de sete marchas e embreagem dupla.

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Os novos 718 Cayman e Boxster também deram as caras, com seus novos motores flat-4 2.0 turbo de 300 cv e 2.5 turbo de 350 cv.

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Na versão básica, com o 2.0, o roadster sai por R$ 368.000 e o cupê por R$ 346.000. Logo acima, na versão S, o Cayman custa R$ 446.000, enquanto o Boxster sai R$ 20.000 mais caro, chegando aos R$ 466.000. =