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Os carros mais legais que você pode comprar gastando entre R$ 15 mil e R$ 20 mil – Parte 2

Estamos prosseguindo com nossa série de posts com os carros mais legais que um entusiasta pode comprar em determinadas faixas de preço — desta vez, com os carros que custam de R$ 15 mil a R$ 20 mil.

Já conferimos a primeira parte da lista com as respostas no fim da semana passada. Agora, chegou a vez de ver quais foram as outras sugestões que vocês deram!

 

Chevrolet Corsa C

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Um hatchback de visual moderno, bom desempenho, mecânica conhecida e manutenção fácil? O Chevrolet Corsa C pode ser uma ótima pedida. Terceira geração no mundo (e segunda no Brasil), o Corsa C foi lançado por aqui em 2002 e saiu de linha em 2012, quando estava disponível apenas com a versão de 1,4 litro e 105 cv do motor Família I.

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Partindo de R$ 15 mil, já dá para encontrar um Corsa fabricado depois de 2009, com motor 1.4 e quilometragem razoavelmente baixa. No entanto, se fizer questão de mais potência (e não se incomodar muito com o consumo de combustível), existe o Corsa 1.8, com 109 cv — um exemplar pouco mais velhinho — 2005/2006, em média — em igual estado de conservação pode sair por coisa de R$ 18 mil. Com sorte, você encontra um Corsa SS, que tem o mesmo motor 1.8, porém uma interessante decoração esportiva e acabamento interno com detalhes em vermelho.

 

BMW 318Ti Compact

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Comprar um BMW usado é sempre uma loteria: existem muitos exemplares baratos no Brasil especialmente da série 3 dos anos 1990, mas boa parte deles foi negligenciada pelos donos anteriores — é comum que as pessoas se interessem pela chance de comprar um BMW acessível mas esqueçam que a manutenção continua dispendiosa. Por isso, o cuidado na hora de fechar negócio deve ser triplicado.

Dito isso, depois de garimpar bastante, você pode encontrar um Série 3 em bom estado, com mecânica em dia, por menos de R$ 20 mil. E são grandes as chances de que seja um Série 318Ti Compact, versão hatchback do BMW E36 que foi importada entre 1991 e 1999.

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O motor é um quatro-cilindros de 1,8 litro com comando duplo no cabeçote, 16 válvulas, 140 cv e 17,8 mkgf de torque, podendo ser acoplado a uma caixa manual de cinco marchas ou automática de quatro marchas. Ainda que não seja absurdamente potente, é um conjunto bem interessante — afinal, tração traseira e dinâmica no mínimo correta são características de praticamente todo BMW. Mas lembre-se: com este tipo de carro, a compra é apenas o investimento inicial — reserve uma graninha para peças e mão de obra, que costumam ser mais caras e difíceis de encontrar.

 

Honda Civic

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Sim, o Honda Civic já apareceu na lista anterior, mas agora a gente está falando da geração seguinte, a sétima, vendida no Brasil entre 2021 e 2007. Apesar de ter dimensões externas bem parecidas com a sexta geração (1997-2000), o novo Civic era mais espaçoso e melhor acabado. Atrás, passou a trazer assoalho plano, melhorando a acomodação para os passageiros de trás.

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Disponível com duas versões do motor de 1,7 litro e 16v— sem VTEC com 115 cv ou, 130 cv com comando variável VTEC—, o Civic de sétima geração adotou uma postura mais sisuda — agora, só era oferecido como sedã de quatro portas, nas versões básica LX, intermediária LXL e de topo EX. É claro que as duas últimas, com motor mais potente, são mais interessantes, mas o desempenho do motor 1.7 16v sem VTEC também é mais do que satisfatório. Por algo entre R$ 15 mil e R$ 18 mil, qualquer versão do Civic de sétima geração é uma das opções mais interessantes.

 

Mercedes-Benz Classe A (pós-2003)

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Quer um hatchback muito bem acabado, com potência na medida para divertir sem dar dor de cabeça, equipado e robusto? Acredite: por algo entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, o Mercedes-Benz Classe A (primeira geração, W168) pode ser a resposta para sua pergunta.

Quando começou a ser vendido no Brasil, em 1999, o Classe A custava o mesmo que um Chevrolet Vectra, mas a Mercedes-Benz estava confiante. O tiro saiu pela culatra: o brasileiro ainda não estava preparado para um carro pequeno pelo preço de um sedã médio, por melhor que fosse. Resultado: das 70 mil unidades anuais planejadas pela Mercedes, o Classe A só vendeu pouco mais de 60 mil entre 1999 e 2005 — seis anos.

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Dito isto, até que a oferta de exemplares usados é ampla — alguns exemplares mais antigos até podem ser achados por menos de R$ 10 mil. Estes, contudo, a gente não recomenda: prefira exemplares fabricados depois de 2003. O motivo? O sensor MAF, que foi usado até os modelos 2002/2003, pode ser problemático e praticamente impossível de arrumar de forma viável. Os carros posteriores a 2003, já equipados com sensor MAP, são menos suscetíveis a defeitos e custam menos na hora da manutenção.

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Tanto o motor 1.6 16v de 102 cv (A160) quanto o 1.9 16v de 125 cv são satisfatórios em desempenho, e ambas as versões do Classe A têm de bom espaço interno, um porta-malas surpreendentemente grande, ótimo acabamento e mecânica resistente. Componentes mecânicos não custam caro; o mais difícil é encontrar mão de obra especializada a um preço razoável.

 

Volkswagen Golf

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A quarta geração do Golf foi vendida no Brasil de 1999 a 2013, passando por uma reestilização em 2007. Os exemplares mais novos, já com o visual reformulado, ainda não baixaram dos R$ 20 mil — por esta grana, você consegue um bom exemplar do início dos anos 2000, bem cuidado e, com sorte, menos de 80 mil km rodados.

Ainda que não seja nenhu GTI, o Golf com motor de 1,6 litro e 101 cv ou 2.0 de 116 cv é um carro bonito (o design da quarta geração é um favorito dos fãs), que anda bem para uso comum, bem equipado (até 2002, tinha até trio elétrico e ar-condicionado de série) e bem acabado, além de ter dinâmica muito bem acertada.

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Caso o valor do seguro e a dificuldade de encontrar um exemplar que não tenha caído nas mãos de donos negligentes sejam demais para você, talvez o sedã Bora seja uma boa alternativa: ele custa mais ou menos a mesma coisa, porém tem seguro bem mais em conta (pois é menos visado para roubo) e não costuma sofrer tanto nas mãos de donos anteriores (o Golf é um carro muito popular para modificações, que nem sempre são feitas com cuidado).

 

Fiat Uno Turbo

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O Fiat Uno é outro carro que está aparecendo pela segunda vez nesta série. No entanto, estamos falando da versão mais adorada: o Uno Turbo, vendido entre 1994 e 1996 e dotado de um motor 1.4 de 8v com turbo e 118 cv. Seu desempenho era um dos melhores entre os hot hatches brasileiros da década de 1990 (0-100 km/h em 9,2 segundos, máxima de 195 km/h), seu visual não era nada discreto e foram vendidas cerca de 1.800 unidades. Ou seja: não é um carro fácil de achar.

Enquanto praticamente qualquer versão do Uno pode ser comprada por menos de R$ 10 mil, um bom Uno Turbo — bem conservado e totalmente utilizável, mas não impecável — não custa menos de R$ 15 mil. Novamente, é preciso prestar atenção na mecânica e, nos carros fuçados, só feche negócio depois de ter certeza de que o trabalho de preparação foi bem feito. E pode se preparar para garimpar bastante caso quebre um para-choque ou saia lateral: eles são raríssimos de encontrar. Uma boa solução pode ser mandar fabricar por encomenda em fibra de vidro.

 

Chevrolet Opala

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O Chevrolet Opala é um dos carros que mais sentem os efeitos da especulação — aproveitando-se da alta demanda, muitos donos de carros impecáveis aproveitam para pedir bem caro por eles. Os modelos mais desejados, como o SS de seis cilindros ou os últimos sedãs fabricados na virada da década de 1990, raramente custam menos de R$ 40 mil.

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Dito isto, ainda é possível pagar um preço razoável por um Opalão. Há exemplares custando menos de R$ 10 mil, mas quase invariavelmente são carros que ainda precisam de um bom talento. Por algo entre R$ 15 mil e R$ 20 mil, porém, já dá para encontrar um Opala ou Caravan em bom estado e praticamente pronto para curtir — ênfase no “praticamente”, pois sempre há algo a ser feito quando estamos lidando com um carro com décadas de estrada. Claro, é preciso levar em conta que você está comprando um carro antigo e que, talvez mais até que a mecânica, uma estrutura íntegra é bastante importante.