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Os carros que fizeram nossos leitores gostarem de carros – parte 2

Acho que todo mundo aqui pode atestar que o gosto por carros vem da infância na maioria das vezes. Claro que há exceções, como em tudo na vida, mas na maioria das vezes a gente já entente que carros são legais bem antes de entender qualquer coisa, de fato, sobre carros.

Pensando nisso, perguntamos aos leitores quais foram os carros que os fizeram gostar de carros. No meu caso foi o Audi TT de primeira geração – antes de saber que ele era um carro legal por usar a plataforma do Golf Mk4 e por ter um motor 1.8 turbo de 225 cv e tração integral, eu soube que ele era um carro bacana por seu visual. E foi ali que eu percebi que carros eram mais que meios de transporte.

Nossos leitores dividiram suas histórias conosco e colocamos algumas delas neste post. Agora, vamos a mais uma leva!

DKW Vemaguet

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Sugerido por: Utzig

Que pergunta óbvia. Sempre foi ela, desde o início!

A foto mostra uma DKW Vemaguet branca que, pelos faróis duplos, foi fabricada depois de 1967. Placa amarela. Foto de época? Carros antigos têm mesmo algo especial, e se acompanham a nós (ou a nossa família) há anos, ainda mais.

Nissan Skyline GT-R R34

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Sugerido por: Setnarski

No meu caso, acho que foi este. Minha mãe comprou o DVD do filme e eu assisti até ter todas as falas decoradas!

Sim, “Velozes e Furiosos 2” foi o primeiro filme sobre carros que eu assisti já mais velho, depois de ser um fã do Fusca Herbie na infância.

Também decorei todas as falas, e lembro que na primeira vez que Brian O’Conner aparecia ao volante do Skyline para o racha, Suki (a pilota do Honda S2000 cor-de-rosa) diz “Droga! É o Brian”. Eles já sabem que vão perder.

BMW M3 GTR

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Sugerido por: Luis G

O primeiro carro, do primeiro jogo, do primeiro PS2 de um moleque de 9 anos… Aliás, hoje ainda é o meu carro preferido, seguido das demais gerações da M3.

Carros de games também têm vez, e sem dúvida um carro marcante das corridas virtuais é o BMW M3 GTR tunado de Need for Speed: Most Wanted. Ainda mais se for o primeiro game que você jogou em seu console novo.

Fiat Prêmio

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Sugerido por: Diego S

Comandos satélite do painel do Fiat Prêmio: culpados!

Sim! O meu pai teve um Fiat Uno CS 1988, seu segundo carro, com comandos satélite. Eu estranhava porque os outros carros não tinham os comando assim, mas achava charmoso. E meu pai mandou instalar faróis de milha, dando assim utilidade a pelo menos um dos botões “cegos”.

Renault Dauphine

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Sugerido por: Eduardo

Eu me deliciava quando meu pai tinha que sair cedo. Era um Dauphine branco com interior vermelho, como o da foto. Garrafa de álcool e isqueiro era mais importante que a bateria 6 volts: havia uma latinha adaptada debaixo da admissão onde colocava-se o álcool e tacava-se fogo. Esperava um minutinho e o Dini pegava de primeira. E tinha que ser assim, porque a bateria não aguentava 2 tentativas!

Se falhasse da primeira tinha que pegar o cabo do macaco, que era também a manivela para dar a partida no motor. Me divertia vendo meu pai ralar!

É curioso como certos carros conseguem superar uma impressão ruim na base do carisma. Apesar da fama de frágil e fraco, o Dauphine e seu irmão Gordini eram relativamente robustos e muito espertos de guiar. Mas talvez a simpatia fizesse ainda mais diferença.

TVR Speed 12

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Sugerido por: Cell

Meu pai tinha uma revista em casa com um poster de duas páginas. Era um carro meio azul, e o que me chamava atenção eram os faróis, na verdade vários faroizinhos em conjunto, parecia um bicho. Eu pegava aquela revista só pra ver aquela foto.

Até que meu pai se desfez da revista, e eu fiquei sem saber que carro era. Nem sabia ler ainda.

Alguns anos depois, jogando GT2, encontro um carro que me fez lembrar daquela revista. E descubro o nome dele.

Ah, a revelação de descobrir detalhes sobre aquele carro que você viu em uma revista anos atrás… isto aconteceu com muita gente que cresceu nos anos 90 e 2000, quando a Internet (e os videogames) começaram a ficar mais populares e a informação começou a se difundir. A gente vive em uma era mágica para buscar informação. É só querer.

Sobre o carro em si, é um dos TVR mais insanos já feitos. E os TVR já são insanos por definição. No caso do Speed 12, o motor era um V12 de 7,7 litros e quase 1.000 cv. De acordo com a ficha de Gran Turismo 2 a potência era de 818 cv (807 hp) e o Speed 12 era muito difícil de controlar, mesmo em um oval. Fizemos uma matéria a seu respeito aqui!

Chevrolet Marajó

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Sugerido por: Glaukin

Talvez o carro mais simples aqui, se ninguém tiver indicado um Fusca: uma Chevrolet Marajó SL/E vermelha (originalmente bege) que minha mãe tinha, acho que era modelo 1981 ou 1982. E por que a perua vermelha me deixava louco? Simples, fora o primeiro carro que minha mãe “mexeu”.

No início da década de 1990 a gente andava mais no porta-malas do que no banco de trás da Marajó, onde minha mãe deixava a gente brincar com as alavancas de rebatimento dos bancos falando que “o esforço de vocês faz a mamãe andar mais rápido”. Pra uma criança de 3-4 anos era o máximo achar que estava ajudando a minha mãe a dirigir.

Não obstante, minha mãe tinha as famosas “rodas de magnésio” estreladas da Mangels e um escape Kadron. Por que uma professora divorciada com 3 filhos fazia esse tipo de coisa? Sei lá. Amor por carros a gente não discute, só aceita.

Uma coisa eu sei: de todos os carros que minha mãe teve depois, a Marajó foi a minha primeira paixonite automotiva e que me fez perguntar “o que faz um carro andar” e tendo a resposta “vai estudar pra descobrir” com uma pilha de revistas de carros que minha mãe colocava em casa desde sempre.

Eu tive um quadro da Countach no quarto, miniaturas de Ferrari, Bugatti, Jaguar, BMW, lia pilhas de revistas e ficava maravilhado ao ver um carro importado na rua logo depois da abertura do nosso comércio. Mas nada me deixou mais impressionado e impactado do que ter uma mãe com um carro descolado no início da minha vida. Valeu Marajó, valeu dona Vania!

O fato de você ter se inspirado pela sua mãe torna tudo ainda mais bacana. Ela tinha bom gosto para carros na época, hein?

MP Lafer

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Sugerido por: Bruno Macedo

Acho que não preciso dizer muita coisa. Meu avô tinha um MP Lafer, que antes foi do meu tio, desde antes de eu nascer. Ele sempre me levava pra passear no carro em antes mesmo de saber falar, eu ficava imitando o barulho do motor com a boca. De tanto fazer isso pedindo pra passear o carro ganhou o apelido de Mamão (tentem imaginar uma criança imitando o barulho de um motor de Fusca com escape Kadron). Desde então sou fissurado em carros. Meu avô me deu o carro quando fiz 18 anos, e estou reformando ele aos poucos.

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É assim que se fala, é assim que se faz. Herança de família a gente tem que tratar com carinho. E não dá para negar que o MP Lafer é estiloso. Seja como tatuagem, seja como primeiro antigo.

Dodge Viper

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Sugerido por: Kamikaze496

Vou contar um pouquinho do meu: Eu tinha uns 4-6 anos, quando minha mãe me levou pra Americanas e me falou pra escolher um carrinho. Eu fui e peguei o primeiro que me chamou atenção: um Dodge Viper GTS ’96 Azul/Branco igual o da foto. Foi o primeiro carrinho que eu tive e nem preciso dizer que eu amava ele.

Foi ali que comecei a gostar de carros e juntar cada centavo que eu achava perdido pela casa pra comprar Hot Wheels, hehe. Foram uns 42 carros até eu ter que “doar” pro meu irmão e ele destruir um por um. Hoje em dia meu amor pelo Viper permanece vivo nos jogos e nos meus sonhos, em que eu me imagino cruzando os EUA num SRT-10 de leste a oeste. Quem sabe um dia esse sonho se realize né?

E aliás, se um Viper não é azul e com listras brancas, eu considero heresia.

As miniaturas são a maneira que nós, pobres mortais, temos de começar nossas coleções de carros. Tambem perdi uma coleção com uns 40 Hot Wheels. Mas perdi para o meu filho.

Volkswagen Fusca

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Sugerido por: Leonardo Mendes

Chega a ser até irônico que tendo um pai que trabalhou com automóveis por mais de 50 anos (como revendedor e concessionário) e tendo vivido no meio desde garoto, o primeiro :”amor”, aquele que se tornou a minha Anna Chlumsky, tenha saído das telas de cinema.

Mais especificamente um Fusca 1963 com teto solar, branco com faixas no padrão da bandeira francesa cruzando a carroceria e o número 53 no capô, portas e tampa do motor.

Desde criança foi meu herói, foi o carro que me fez gostar de carros, foi quem me fez saber que carros não são um pedaço de metal sem vida.

Pena que nesse celular não dá.pra carregar fotos, mas evidente que vocês sabem de quem estou falando… o maior campeão da Sessão da Tarde.

Obrigado, Herbie!

Anna Chlumsky, para quem não lembra, é a atriz mirim do clássico da Sessão da Tarde “Meu Primeiro Amor”. Mas o clássico da Sessão da Tarde que realmente importa aqui é mesmo “Se Meu Fusca Falasse”, porque Herbie também foi fator crucial para que eu começasse a admirar o Fusca.