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Os carros que você precisa comprar antes que se tornem clássicos – e muito mais caros

Nesta semana, perguntamos aos leitores quais eram os carros que pela idade, procura e ação de especuladores, vão aumentar de preço e se tornar clássicos de coleção em curto a médio prazo. Agora, temos a lista com as respostas — prepare seu talão de cheques e boa sorte!

 

Fiat Tempra

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Primeiro médio da Fiat no Brasil, o Tempra foi lançado em 1991 para brigar com VW Santana e o Chevrolet Monza. Seu visual morderno envelheceu os concorrentes quase que instantaneamente. Contudo, problemas na suspensão e com o carburador (os rivais já tinham injeção eletrônica) causaram uma recepção fria que nem a introdução do cabeçote de 16 válvulas e da injeção remediou. Por outro lado, a Fiat lançou em 1994 o Tempra Turbo, com 165 cv e capacidade de chegar aos 210 km/h.

As versões mais comuns do Tempra desvalorizaram (as turbinadas, um pouco menos) bastante, mas seus novos donos, que o compraram atraídos pelo baixo preço, nem sempre tomavam os cuidados necessários com o carro. Agora, a procura por exemplares em bom estado — especialmente as versões Turbo e Turbo Stile — aumentou. Os preços devem seguir pelo mesmo caminho.

 

Chevrolet Vectra GSi

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Lançado em 1993, o Vectra GSi foi um dos esportivos mais desejados de sua époc, mas nos últimos anos o sedã esportivo equipado com o mítico motor C20XE, de dois litros, com comando duplo no cabeçote  e 150 cv, curiosamente chegou bem perto do preço das versões mais básicas.

Se um Vectra GLS custava R$ 9 mil, um GSi podia ser encontrado facilmente custando R$ 12 mil. Mais recentemente, contudo, o GSi deu uma alçada e hoje costuma estar na faixa dos R$ 15 mil — se você esperar demais para comprar o seu, é bem provável que acabará pagando mais caro.

 

Honda Civic EG (hatch) e EJ (cupê)

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Os Civic fabricados até 10 anos atrás ainda são considerados bons carros usados e ainda vai demorar para que comecem a considerá-los colecionáveis. O mesmo não pode ser dito dos carros importados no início da década de 90 — a quinta geração, com visual mais exótico, que veio em versões sedã, cupê e hatch e motores extremamente confiáveis e econômicos.

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O recente aumento da popularidade da cultura automotiva japonesa no Brasil fez com que os modelos CRX Del Sol e o hatch VTi já estejam bem inflacionados. Por outro lado, o Coupé ainda pode ser encontrado a preços razoáveis — ao menos até que ele se torne a segunda opção de quem não encontrar um legítimo VTi para chamar de seu.

 

Chevrolet Monza

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Por três anos consecutivos o Monza foi o carro mais vendido do País. Por isso, nada mais natural que ele cedo ou tarde acabe se tornando um clássico. Ainda é cedo para dizer quando isso vai acontecer, mas não deve demorar muito, uma vez que os primeiros modelos já completaram 30 anos.

Mesmo assim, o Monza é barato e fácil de se encontrar por aí. Alguns comerciantes já ensaiam cobrar bem por exemplares impecáveis e pouco rodados (alguns até 0km) e fatalmente eles encontrarão gente disposta a pagar bem para ter um belo Monza. Por isso, se você quer um Monza, mas não quer pagar uma fortuna é bom ficar de olho. E, uma dica: procure a versão Hi-Tech, vendida só em 1993 e equipada com painel digital — é uma das mais raras, com apenas 500 unidades. GLS e Classic SE (que também tinha painel digital e computador de bordos como opcionais) também são boas pedidas, pois são as melhor equipadas.

 

Chevrolet Omega

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Dificilmente o Omega ficaria de fora desta lista. Lançado em 1992, o sucessor do Opala ainda é considerado por uma legião de entusiastas o melhor carro já produzido no Brasil, graças a seu visual, sua robustez, acabamento, itens de conforto e desempenho das versões com motor de seis cilindros.

Estas — tanto com o motor de três litros alemão quanto o 4.1 brasileiro —  já começaram a subir exponencialmente de preço, e as versões de quatro cilindros têm tudo para seguir pelo mesmo caminho. O motivo? Depois de uma fase de desvalorização em meados da década passada, muitos Omega acabaram nas mãos de quem não cuidou deles como deveria, e os exemplares bem conservados que restaram precisam suprir uma demanda muito alta. Mercado é mercado.

 

BMW Série 3 E36

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O BMW Série 3 começou a ser importado oficialmente em 1991 — um ano depois do Omega e, como o Chevrolet, passou por uma fase de desvalorização nos últimos anos, tornando-se bem mais acessível. O problema é que a manutenção nunca deixou de ser a de um carro alemão importado, e por isso muitos Série 3 acabaram negligenciados e vendidos por um valor ainda mais baixo. O resto, você já sabe: encontrar um exemplar bem conservado por um preço razoável se tornou um garimpo, e temos certeza de que a situação só vai piorar daqui para a frente.

 

Volkswagen Santana

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O Santana foi lançado em abril de 1984, o que significa que faz quatro meses que ele completou 30 anos e já pode receber a placa preta. O aumento de preço depois disso é sempre inevitável — agravado pelo fato de que o Santana é um carro barato e, por isso, cada vez mais difícil de encontrar em bom estado.

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Se você procurar bem, ainda vai encontrar um Santana de primeira geração por menos de R$ 10 mil — e, quando isso acontecer, corra ou alguém vai comprá-lo antes de você — e não vai demorar muito que isto também valha para os modelos seguintes (como o Santana Sport aí em cima).

 

Ford Corcel II

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O Corcel II, lançado em 1978, é um raro caso de carro antigo que não ficou supervalorizado — até pouco tempo atrás ainda era comum encontrar a versão esportiva GT custando menos de R$ 12 mil. Não é mais o caso — e o mesmo está acontecendo com o Del Rey e com a Belina: baratos e apenas precisando de cuidados. Os bons exemplares estão na casa dos R$ 10 mil.

 

Fiat Marea Turbo

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O Marea Turbo está entre os esportivos mais emblemáticos fabricados no Brasil. Seu motor 2.0 de cinco cilindros e 182 cv, o famoso Fivetech era um dos mais avançados do mercado — e exigia uma mão de obra altamente especializada, além de manutenção rigorosamente em dia.

Contudo, nem todos os carros receberam os devidos cuidados, o que rendeu a todo Marea — não apenas o Turbo, mas também os aspirados com motor 2.4 e até os que não usam Fivetech — a fama de “bomba”. Paralelamente, o motor turbinado é bastante popular entre os preparadores. Por enquanto você ainda o encontra por entre R$ 15.000 e R$ 20.000, mas até quando? Difícil dizer.

 

VW Golf GTI Mk3

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A terceira geração do Golf foi a primeira a embarcar oficialmente para o Brasil em 1993, e logo de cara foi o GTI, com motor 2.0 de 114 cv. Ainda que, nesta época, o Golf GTI não tivesse desempenho muito acima das outras versões (o motor era exatamente igual ao do Golf GLX, que tinha a conveniência das portas traseiras), trata-se de um carro confiável, de visual bastante interessante e dotado de uma grande base de fãs. E, por isso mesmo, pode acabar muito concorrido no mercado de usados.

A oferta menor que a demanda — que explodiu nos últimos cinco anos graças à moda do eurolook — acabou por reduzir a frequência de bons exemplares anunciados a um preço justo, mas eles ainda são encontrados por preços inferiores aos Gol GT, GTS e GTI.