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Os melhores carros de polícia que existem (e que não existem) – parte 2

Há alguns dias, perguntamos aos leitores do FlatOut qual é o automóvel mais apropriado para ser uma viatura policial. Nada mais justo: anteriormente, perguntamos qual seria o melhor carro de fuga. É bom equilibrar as coisas.

Nossa sugestão foi o lendário Ford Crown Victoria, que serviu à polícia americana por mais de duas décadas e tornou-se um ícone graças a sua robustez, seu visual inconfundível e, claro, seu motor V8. É claro que vocês, leitores, deram muitas sugestões legais. A primeira parte da lista com as melhores pode ser vista aqui. A segunda parte, você confere agora!

 

Fiat Palio Weekend

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Sugerido por: Batata302

O leitor Batata302 afirma que é policial militar. Ou seja, é um cara que convive diariamente com as viaturas policiais. Segundo ele, um carro de polícia no Brasil precisa ser robusto, razoavelmente potente e de manutenção descomplicada, mas também precisa ser confortável – afinal, não é raro que os policiais passem até 12 horas por dia dentro de seus carros.

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Com os dois pés no chão, as Fiat Palio Weekend usadas atualmente, com pacote Adventure e motor 1.8 são as que melhor cumprem tais requisitos segundo ele. Até 2010, o motor era o Família I da General Motors, com cabeçote de 8 válvulas e 110 cv – depois, foi a vez do 1.8 EtorQ com cabeçote e 16 válvulas e 132 cv – potência suficiente para uso urbano ou a maioria das perseguições em rodovias. Além disso, são carros espaçosos, que podem acomodar quatro oficiais e suas armas e ainda levar os detentos.

 

Chevrolet Corvette C6.R

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Sugerido por: Marco Jannuzzi Filho

O Corvette C6.R existe: é a versão de turismo do Corvette C6 – a geração passada do ‘Vette. No entanto, como carro de polícia, só em Need for Speed: Most Wanted, o clássico de 2005 que, para muitos fãs da franquia, é o último grande NFS.

Não foi coincidência: o Corvette C6.R fez sua estreia em 2005, e sua presença em Most Wanted ajudava a divulgar o modelo. Na versão feita para a categoria GT1, presente no game, o Corvette C6.R tinha um kit aerodinâmico bastante agressivo e um V8 de sete litros com 598 cv. O Corvette C6.R GT2 tinha um body kit mais civil e um motor de seis litros e 476 cv.

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O Corvette C6.R só aparecia quando o seu nível de procurado estava muito alto e seu carro era muito potente. E quem jogou Most Wanted sabe o quanto era difícil se livrar dele…

 

 

Peugeot 405 T16

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Sugerido por: Muryllo

O Peugeot 405 T16 é um dos carros mais bacanas já feitos pela Peugeot. Embora não tenha a mesma fama do 205 GTI/T16, ele fez parte da mesma onda de renovação que salvou a fabricante francesa da falência no fim dos anos 80, com suas formas retilíneas e elegantes, sua dinâmica mais do que correta e seu bom desempenho conferido pelos motores turbinados.

No caso do 405 T16, especial de homologação para os ralis, o motor era um 2.0 16v com turbo e até 220 cv. A força era levada para as quatro rodas permanentemente, e o eixo traseiro tinha um sistema de suspensão hidráulica auto-ajustável semelhante ao dos Citroën. Foram fabricados 1.406 exemplares.

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A polícia civil francesa se chama Gendarmerie, e em 1995 foram comprados dez exemplares do 405 T16 para servir à sua divisão especial chamada BRI – Brigades Rapides d’Intervention, ou “Brigada de Intervenção Rápida”. Não é difícil de entender o motivo, é?

 

Chevrolet Opala e Caravan

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Sugerido por: Francisco Rodrigues

Dizem que o Opalão preto tem fama de carro bandido, e que é uma fama merecida: especialmente nas versões de seis cilindros, a combinação de potência, dianteira pesada e traseira leve lhe tornavam um carro veloz, sim, mas também bastante traiçoeiro de se controlar. No entanto, a partir da década de 70, o Opala e a Caravan também foram usados pela polícia.

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Segundo informações de fóruns de proprietários, como o Opaleiros do Paraná, era mais comum que os Opala e Caravan fizessem parte da frota da Polícia Federal. Em sua maioria, os carros eram equipados com o motor 2.5 de quatro cilindros, mas algumas unidades especiais para perseguição vinham com o seis-cilindros. A maioria dos carros prestou serviço na segunda metade da década de 80.

 

Ford Escort RS Cosworth

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Sugerido por: Raphaelfocus

Da mesma forma que o Ford RS200, o Escort RS Cosworth também foi caracterizado como carro de polícia. Esta é uma foto promocional (uma das mais legais que já vimos, aliás), mas não ficou só nisto: o RS Cosworth foi, de fato, comprado em 1992 pelo departamento policial de Humberside, no norte da Inglaterra, como “veículo de desenvolvimento”. Não se sabe exatamente o que eles fizeram com o carro, já que era um único exemplar, mas não conseguimos imaginar um carro mais bacana para os policiais britânicos em plenos anos 90.

Isto porque, naquela época, o Ford Escort RS Cosworth era o sonho de consumo da juventude no Reino Unido. Era ele o representante da Ford no WRC, o Campeonato Mundial de Rali, e seu desempenho matador garantiu dez vitórias na competição entre 1993 e 1997 – um excelente aproveitamento para a elite do rali. Além disso, sua versão de rua foi o primeiro carro produzido em massa a produzir downforce na dianteira e na traseira. Os bandidos deviam tremer na base.

 

Ford Taurus

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Sugerido por: John Smith

Dentro da Ford, o carro que atualmente ocupa o lugar do Crown Victoria é o Taurus. Ou melhor, Police Interceptor Sedan, como a versão policial é chamada oficialmente pela fabricante. Ele foi introduzido em 2012, logo após a aposentadoria definitiva do Crown Vic, e foi equipado com um motor V6 de 3,7 litros emprestado do Ford Mustang, capaz de entregar 309 cv. Não dá para ter este motor em um Taurus civil. Mais tarde, passou a ser oferecido também um V6 turbo Ecoboost de 370 cv – o mesmo do Taurus SHO. A tração é sempre nas quatro rodas.

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A Ford equipa todas as viaturas com a maior parte de seus sistemas de segurança, como alerta para pontos cegos, câmera de ré e controle eletrônico de estabilidade. Além, é claro, de todos os equipamentos policiais de praxe, como sistema de comunicação, sirenes, barras de proteção na dianteira, portas blindadas e faróis auxiliares.

Além de tudo, a maioria dos leitores concorda que se trata de um sedã muito bonito, com visual que mistura discrição e agressividade em proporções perfeitas. Especialmente na versão stealth, com pintura convencional e luzes apenas atrás da grade.

 

Chevrolet Blazer

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Sugerido por: McLaren-Honda com estralador

A Chevrolet Blazer seguiu os passos da Veraneio ao ser adotada por boa parte das forças policiais do Brasil em 1996, e logo fez fama por ser adotada pela Força Tática, pela ROTA e por outras divisões especiais. No entanto, dá para dizer que a Blazer ocupava o lugar que hoje é da Palio Weekend: um carro espaçoso, confortável, razoavelmente potente e robusto o bastante para aguentar longas horas de trabalho pesado e muito estresse aplicado sobre todos os seus sistemas.

Geralmente as viaturas eram equipadas com o motor quatro-cilindros de 2,2 litros ou 2,4 litros (dependendo do ano de fabricação), o mesmo Família II empregado pela GMB desde o início da década de 80, com o Monza – garantia de farta oferta de peças e facilidade de manutenção. No fim de sua produção, em 2011, a Blazer seguia como líder de vendas entre as frotas policiais. E não duvidamos que poderia ter seguindo em produção sustentada apenas pela demanda da polícia.

 

Porsche 911

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Sugerido por: MoparRules

Na década de 1970 a polícia rodoviária holandesa – a Rijkspolitie – usava o 911 Targa para patrulhar as vias expressas do país. Não pense que era para perseguições em alta velocidade velocidade: o Nine-Eleven era empregado apenas por uma divisão rodoviária especial chamada Algemene Verkeers Dienst, ou AVD (Departamento Geral de Tráfego) que dava apoio aos motoristas nas estradas, organizava o tráfego e realizava patrulhamentos. O carro proporcionava maior visibilidade aos agentes, além de permitir que um dos policiais ficasse em pé dentro do carro e dar instruções aos motoristas.

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É claro que eles poderiam usar outros conversíveis… mas talvez gostassem mais do 911 — tanto que o esportivo alemão continuou sendo usado pela AVD até 1993, e se tornou um ícone da polícia rodoviária holandesa.

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A Polizei alemã também utiliza o Porsche 911 como viatura há décadas. No entanto, como acontece em outros países, sua principal missão é criar publicidade para as forças da lei, e não sair à caça de fugitivos nas Autobahnen.