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Project Cars Project Cars #418

Project Cars #418: a salvação de um Toyota Paseo

Fala, galera! Primeiro gostaria de agradecer aos que votaram no Paseo para o PC! Outros agradecimentos virão no decorrer dos quatro posts e no final dele. Vou começar contando como foi que decidi comprar esse carro, porquê diabos fiz isso e outras coisas mais. Vamos lá?

Atualmente tenho o Paseo e um Astra, porém até um tempo atrás nunca imaginei ou cogitava (muito) em ter um segundo carro. Afinal, estava investindo no Astra, ainda não concluído, mas que pretendo finalizar. No entanto, em uma as idas à capital do RS para encontrar amigos que conheci pelo grupo do FlatOut! encontramos algo bem peculiar no posto em que houve o “meet”!

Em uma ida ao banheiro todos viram um Nissan NX2000, é um cupê-targa com o motor SR20DE no cofre! No momento me apaixonei pelo carro, fui a busca de saber quem era o dono, quanto tempo estava lá, o por que de estar lá, se funcionava, resumindo: tudo! Vários ajudaram a descobrir informações sobre o carro! Infelizmente, quando fui ver o carro com o dono junto ele estava em estado deplorável! Vela soldada ao cabeçote, um risco gigantesco e profundo em toda lateral do carona, lanternas e faróis cansados, moldura do farol esquerdo quebrado, para-brisa trincado, tampa de válvulas aberta. Resumindo, uma bagunça de cima abaixo! Como se não bastasse ainda estava com rodas de Tempra. Tenho poucas fotos dele no celular, apenas essas:

1991NissanNX2000exterior

Este é o NX2000 original

Foi aí que o bichinho mordeu, porque não salvar um carro japonês “renegado”? Meus amigos de Porto não haviam gostado do NX, acharam feio! Não entendiam a beleza que eu tinha visto naquele carro. Dois deles principalmente: Eduardo Melo e Marcelo Lisboa, o terceiro gostou do carro também não é Kainam Mews! Estava decidido ia procurar outro NX2000 mas em condições boas e por um preço razoável (entre R$ 6.000 e R$ 12.000).

Certo dia uma ida ao banco encontrei um Toyota Paseo estacionado na vaga de idoso, bem na frente do banco! Já tinha visto aquele carro uma vez rodando pela cidade, depois nunca mais. A vez que vi ele rodando não dei muita bola, pois eu não queria um segundo carro, lembram? Mas a situação tinha mudado eu queria um salvar um carro desses e ele estava ali na minha frente!

Fui fazer o serviço no banco, demorou e o carro não saia da minha cabeça! Não tinha anotado a placa dele nem tirado foto! Quando sai o carro ainda estava lá, saquei o celular e tirei algumas fotos!

Estava tirando esta foto da dianteira quando a proprietária apareceu. Eu ia procurar a placa no Detran depois para localizar o dono e mandar para os meus amigos as imagens do “achado”, mas como a dona estava ali não precisei ter nem o trabalho de ir ao Detran e gastar para saber quem era o dono! Conversei com ela e expliquei que não estava tirando fotos do carro para multar ou para marcar de roubo, é apenas para enviar em um grupo de amigos! Ela entendeu e foi muito simpática, depois disso logo emendei: “Você vende ele?” Ela com uma cara séria respondeu: “Quem sabe. Estava pensando em anunciar ele, mas gosto muito desse carro”.

Peguei o telefone e endereço dela e começou então toda a negociação, digo, a via crucis!

No dia que tirei as fotos, na empolgação e de maneira bem rápido, para não acharem que eu era um ladrão ou um maluco, não vi muitos defeitos no carro. Eu e meu pai conversamos com a idosa e combinamos de ver o carro! Por fora, além de bem sujo tinha vários detalhes na lataria, muitos arranhões e ambos para-choques batidos. Ficamos um pouco chateados, no entanto o interior estava perfeito, batia chave e o motor ligava bem rápido, sem engasgar, sem nada! Foi então que vi algo que me deixou um pouco chateado e me fez torcer o nariz um momento para o Paseo. Isso aqui:

Sim… automático.

Rapaz, como fiquei triste na hora. Deixei o preconceito de lado por um momento e pensei: vamos dirigir, não custa nada né?

Já havia dirigido outros carros da Toyota e sempre achei o acerto dos câmbios automáticos deles muito bons, tanto que temos um Corolla 2012. Liguei o “monstrinho”, coloquei em D, não escutei nenhum barulho estranho de entrada forçada ou cansada e já fiquei animado. Afinal o motor estava bom, vamos conferir a caixa né?

Não dava soco, não dava tranco, trocava suavemente, não patinava, dava pé o carro reduzia rapidamente… resumindo: a caixa também estava perfeita! Acabei gostando mesmo sendo AT. O câmbio é bem esperto para a idade, tem trocas rápidas, quando se faz kickdown ele reduz à menor marcha possível, além de levar o motor na redline sempre!

Depois dessas duas aceleradas me apaixonei pelo novo brinquedo! Eu definitivamente precisava dele. Antes mesmo de fechar negócio comprei na cidade vizinha um presentinho pra ele depois da aula:

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Então levamos o Paseo a um mecânico que já conhecíamos — ele trabalhava na Subaru de Floripa, era o chefe da oficina, decidiu sair de lá para abrir uma mecânica própria aqui na cidade para avaliar o carro e ver se aceitava me ajudar a arrumar a maconha no que eu não desse conta em casa! Ele avaliou a parte mecânica estava bem cuidada, porém com alguns vazamentos de óleo, e a suspensão também já havia chegado no fim da sua vida!

A partir disso começamos a negociar com a proprietária, foi um longo mês até conseguirmos concretizar a compra, não conseguimos o valor que gostaríamos! A Fipe do carro era R$ 15.000, mas queríamos pagar R$ 8.000, pelo fato de ter que arrumar a suspensão, repintar por fora, radiador… e por aí vai. Além disso carro velho é emotivo, ele sempre quebra uma coisa ou outra! A negociação foi dura, fechamos em R$ 10.000 com muito esforço e a dona quase desistiu de vender ele por esse valor, porém já havia assinado compra a venda no cartório e estava com o montante na conta bancária! Nunca eu e meu pai fizemos uma compra e venda de maneira tão veloz quanto essa para a mulher não desistir do negócio!

Então foi o dia que tanto esperava. Era hora de buscar o carro na casa dela, algumas fotos dele para vocês!

O carro estava bem sujo por fora e por dentro, havia um ano que ela não lavava o pobre Paseo. Tanto que na mala do carro achamos algo interessante, provavelmente esquecido pelo filho da mulher:

O achado rendeu o nome do carro: Cacetinho!

Depois de tirar tudo que era da mulher do carro, mas deixar as fitas (afinal, são propriedade do carro. Vão viver junto com ele para sempre), era hora de levar ele para casa e colocar do lado do irmão:

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Tentei passar água com balde para tirar o mais grosso da sujeira ali na garagem mesmo, mas não teve resultado algum. Decidi então colocar o presente que havia comprado nele e ir mostrar o novo amigo do Cachacinha (Astra) para namorada e sogra!

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Acho que para uma primeira parte esta bem recheada da história de decisão e compra do Paseo! Vou deixar para os próximos capítulos a mecânica e o conserto do Paseo. Até lá!

Por Valmor Gazoni Jr., Project Cars #418

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