FlatOut!
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Car Culture Pergunta do dia

Qual é o vídeo onboard mais fodástico que você já viu?

Infelizmente o mundo é grande, as coisas custam dinheiro e por isso dificilmente um entusiasta tem a chance de dirigir todos os carros que sonha em dirigir em todos os lugares para os quais sonha viajar. Por sorte, dá para experimentar a sensação de dirigir virtualmente qualquer carro, em qualquer lugar, pela internet — basta que alguém tenha feito e registrado em um vídeo onboard. Qual é o onboard mais fodástico que você já viu?

Quanto mais a gente puxa na memória, mais vídeos vão aparecendo, mas a sugestão do FlatOut foi uma das primeiras que vieram às nossas mentes: Faszination, o vídeo onboard promocional do Ruf CTR “Yellowbird” em Nürburgring Nordschleife.

O Yellowbird tem origem no Porsche 911. Mas ainda que isto seja óbvio na primeira olhada, o carro construído pela alemã Ruf é muito mais extremo, arisco e barulhento do que qualquer outro 911 da época.

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E de que época estamos falando? De 1987, dois anos antes de a Porsche encerrar a produção do primeiro 911 Turbo, conhecido também como 930. O RUF também é, em essência, um 911 turbinado, mas não dá para chamá-lo de 911. A Ruf pode não mudar muita coisa no visual da maioria de seus carros, mas o trabalho de engenharia é tão abrangente — em sua maioria, as peças são da própria Ruf — que o governo alemão a considera uma fabricante de automóveis, e não uma simples preparadora. Sendo assim, o Yellowbird não é um Porsche 911 modificado. É outro carro.

E que carro! Partindo do 911 Carrera RS 3.2, a Ruf pegava o motor de seis cilindros opostos e 234 cv, colocava  dois turbos com intercoolers, aumentava o deslocamento de 3,2 para 3,4 litros (ampliando o diâmetro dos cilindros de 95 para 98 mm), dava a ele um novo sistema de injeção Bosch Motronic e a ignição do Porsche 962 — sim, o bólido de Le Mans.

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O resultado era um salto de potência para 475 cv (!) — que, em um carro de 1.170 kg (200 kg mais leve do que um 911 normal, graças ao uso de componentes de fibra de vidro e alumínio na carroceria) era o bastante para ir de 0 a 100 km/h em quatro segundos, com velocidade máxima de 341 km/h. Outras modificações incluíam para-lamas traseiros mais largos para acomodar as rodas Speedline de 17 polegadas, freios Brembo, suspensão preparada (mais firme) e gaiola de proteção.

Este último ítem era essencial: com tanta potência em um carro tão leve, tração traseira e ausência total de assistências eletrônicas, ele era um carro muito difícil de pilotar.

E como vender um carro que custava US$ 223 mil — o dobro de um Lamborghini Countach — e que tinha potencial para te matar? Claro, com um vídeo onboard em Nürburgring, onde o Yellowbird cumpriu uma volta em impressionantes 8:07 guiado o tempo todo no limite, por um piloto de camiseta, jeans sapatilhas e sem capacete.

Fascinante. Faszination.

Você com certeza conhece outros vídeos onboard/em primeira pessoa tão sensacionais quanto este, e agora é a hora de você mostrá-los para a gente! E aí?