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Pergunta do dia Zero a 300

Qual foi o melhor ou mais importante lançamento de 2017?

Você não precisa de mais que cinco minutos na sua rede social favorita para encontrar um punhado de publicações dizendo o quanto 2017 foi um ano desastroso, cheio de notícias ruins e acontecimentos tristes. No mundo automotivo, porém, tivemos muitas novidades interessantes sendo apresentadas pelas fabricantes. É por isso que queremos perguntar a vocês, leitores: na sua opinião, qual foi o melhor ou o mais importante lançamento de 2017?

Nós temos algumas sugestões, às quais chegamos ontem depois de uma conversa rápida entre a equipe. É curioso porque nós três (Juliano, Leo e Dalmo) tínhamos mais ou menos as mesmas ideias.

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Entre os esportivos, um dos nossos favoritos foi, sem dúvida, o Alpine A110. E não apenas pelo fato de ser o retorno de uma marca lendária, com um nome consagrado no automobilismo (especialmente por causa da vitória do Alpine A110 original no Campeonato Mundial de Rali de 1973), mas também pela execução primorosa por parte da RenaultSport, que cuidou do desenvolvimento do esportivo.

2017 - Essais Presse ALPINE A110 dans la région d'Aix-en-Provence

Equilibrando perfeitamente recursos modernos com uma filosofia à moda antiga, a Alpine criou aquele que, na nossa opinião, é o carro mais entusiasta de 2017. Com carroceria e estrutura de alumínio, motor turbinado central-traseiro, câmbio de dupla embreagem e apenas 1.103 kg na balança, o novo A110 é um legítimo driver’s car. Ele não vai acabar com todo mundo em uma competição de arrancada, mas vai deixar qualquer um com um sorriso no rosto em uma estrada sinuosa nas montanhas.

2017 - Essais Presse ALPINE A110 dans la région d'Aix-en-Provence

O motor é praticamente o mesmo utilizado pelo recém-lançado Renault Mégane R.S., com 1,8 litro de deslocamento, comando duplo no cabeçote, 252 cv e 32,6 mkgf de torque, moderados por uma caixa de dupla embreagem e sete marchas. Este é um bom exemplo de como o Alpine A110 é old school, pero no mucho: o câmbio de dupla embreagem é uma concessão à modernidade, mas oferece trocas mais rápidas e permite que o A110 se saia melhor contra rivais como o Porsche Cayman, por exemplo, e, segundo a Alpine, também ajuda a tornar o carro mais leve por dispensar linhas hidráulicas, trambulador, pedal de embreagem, cabos de acionamento etc. Suspeitamos que a diferença seja marginal, mas entendemos a lógica.

De todo modo, quem andou no Alpine A110 diz que os franceses acertaram a mão na dinâmica, criando um carro muito ágil, comunicativo e que não tem medo de escorregar a traseira – mas só se for provocado. O visual do carro é retrô na medida certa, fazendo referência ao clássico sem parecer datado, e o interior é bonito e bem acabado. Dizem que até o ronco dele é bacana para um quatro-cilindros.

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Agora, se o assunto é violência pura, fica difícil superar o Porsche 911 GT2 RS: um flat-six biturbo de 3,8 litros e 700 cv lá atrás, aerodinâmica ativa (e agressiva), tração traseira e peso aliviado fazem dele um verdadeiro Turbopanzer. Zero a 100 km/h em 2,8 segundos. Velocidade máxima limitada em 340 km/h. E, talvez o mais importante: 6:47,3 em Nürburgring Nordschleife.

Com o recorde, estabelecido em setembro, o 911 GT2 RS simplesmente acabou com a disputa, abrindo uma vantagem de cinco segundos sobre o recordista anterior, o Lamborghini Huracán Performante. É provável que leve algum tempo para que alguma outra fabricante se atreva a tentar bater o Porsche nesta empreitada.

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Sem falar no fato de que, cara, é um Porsche 911 com 700 cv de fábrica! E, como se não bastasse, são 700 cv produzidos com um seis-cilindros de 3,8 litros. Por mais que tenha diversas modificações em relação a qualquer outro flat-six de Stuttgart, o motor do GT2 RS impressiona porque simplesmente não há outro motor neste nível de potência com menos de oito cilindros e quatro litros. Os engenheiros da Porsche realmente levaram o motor ao limite.

 

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Há, ainda, outro lançamento de 2017 que julgamos de suma importância: o novo VW Polo no Brasil, especialmente na versão TSi 200. Finalmente atualizado em relação à Europa, o Polo de sexta geração usa a plataforma do Golf, o que garante dirigibilidade precisa e refinada – algo que, somado ao motor 1.0 turbo de 128 cv (quando alimentado com etanol), garante também bom desempenho para uso diário e eventuais esticadas…

… ainda que, como observamos em nossa avaliação, o Polo TSi não seja um hatch esportivo. Seu rodar é confortável, silencioso e muito bem resolvido – qualidades que podem não fazer seu coração de gearhead bater mais forte, mas certamente darão trabalho para a concorrência.

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Com o novo Polo TSi, que inaugura a nova identidade visual da marca no Brasil, a VW caprichou no visual, na construção e na escolha dos materiais do interior, incluindo nas versões mais caras acabamento texturizado e um painel digital com tela de alta definição. Tudo isto montado sobre uma plataforma de última geração, com materiais de alta resistência, em um pacote mais parecido com o de carros de um segmento superior. Com isto, a Volkswagen está, neste momento, ditando as novas regras do mercado. Ou assim esperamos.

São estas nossas sugestões, mas queremos ouvir as suas! Então, qual foi o seu lançamento favorito em 2017, no Brasil e no mundo?