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Car Culture

Quer apostar corridas na parede? Estudo britânico diz que é possível

Não é de hoje que vemos filmes com carros tão rápidos que são capazes de correr nas paredes e até no teto. Mas não passa de ficção, certo? Bem, um grupo de estudantes britânicos parece ter descoberto que sim, é possível, desde que você tenha o carro certo e a pista certa.

O estudo foi conduzido pela Universidade de Leicester, que parece mesmo querer facilitar certas contravenções no trânsito, visto que foram eles quem descobriram um jeito fácil e naaaaada implausível de burlar radares de trânsito. No mês passado, quatro estudantes apresentaram um documento onde dizem ter concluído que  é possível manter um carro preso a uma parede totalmente vertical, desde que mantenha uma velocidade superior a 241 km/h.

Nardo-Ring

Para conduzir o estudo, foram estudados dois carros: um Audi TT de rua e um monoposto Penske Reynard-Honda. Eles descobriram que, em uma pista perfeitamente circular com inclinação de 90°, e quase 640 metros de raio, a força da gravidade que faria o carro tombar é menor do que a força friccional que o prende no chão. Não é uma questão de anular a gravidade, e sim de criar uma força maior do que ela. O fato de a pista ser perfeitamente circular também é importante para manter a força centrípeta — que puxa um objeto em movimento circular para o centro de sua trajetória. Variações na força centrípeta desestabilizariam o carro em sua suposta volta.

Mas não, infelizmente eles não colocaram os carros para correr — a coisa toda está mais para uma bateria de simulações e cálculos usando os dois veículos como referência. A partir daí, analisando as forças incidentes sobre os dois carros, foi possível determinar a velocidade necessária para mantê-los no chão.

Outro fator também foi levado em consideração: o downforce. O monoposto de corrida, extremamente aerodinâmico, tem downforce muito maior e pesa 700 kg, o suficiente para garantir que ele ficasse colado à pista. O Audi TT pesa quase o dobro e não chega nem perto das capacidades aerodinâmicas do fórmula e, mesmo a mais de 241 km/h, a força da gravidade ainda o faria cair.

audi

A ideia de comparar um carro de corrida com um carro de rua surgiu para ilustrar melhor o conceito. Um dos estudandes disse que é fã de Fórmula 1 e que provavelmente foi daí que veio a inspiração para o estudo.

Mesmo que fosse construída uma pista circular com inclinação de 90º em relação ao solo — algo que demandaria enorme investimento —, seria impraticável uma corrida nela: em caso de um acidente, a gravidade agiria de forma extremamente violenta, ocasionando acidentes muito mais graves do que estamos acostumados a ver no automobilismo. Parece que vamos ter que continuar nos contentando com o Nardò Ring, mesmo. Ou então com as famosas Wall of Death da Índia:

Os estudantes da Universidade de Leicester são estimulados a realizar experimentos como estes para encontrar maneiras de aplicar a física básica não apenas no dia a dia, mas também em cenários absurdos e improváveis. Vamos aguardar qual será a próxima que os britânicos vão aprontar em seus estudos com carros!