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“Splash and go”: categoria de monopostos na terra experimenta nova forma de pit-stop

Na segunda edição da tradicional Bud Light 500, cuja data não foi divulgada, os organizadores decidiram uma nova forma de pit-stop e um novo combustível fermentado à base de água e levedura. Pelo caráter experimental da prova não foram permitidas emissoras de TV realizassem a cobertura mas, para nossa sorte, um cinegrafista amador estava na beira da pista e registrou em vídeo as inovações.

A corrida aconteceu em um oval de terra e utilizou monopostos aliviados ao extremo, com motor downsized naturalmente aspirado e desprovidos de qualquer sistema de proteção contra impactos. O alívio de peso foi tanto que mesmo componentes de suspensão e transmissão foram sumariamente eliminados, e os carros acabaram muito parecidos com karts. No desempenho, inclusive.

Confira, agora, as imagens divulgadas pelo cinegrafista, que não foi identificado:

Os monopostos aparentemente utilizam motores monocilíndricos de moto, exatamente como karts. Temos certeza de que a intenção foi a redução de peso e a economia de combustível – e, considerando a extrema semelhança dos monopostos com karts, não duvidamos que cada um deles pese, no máximo, 100 kg. Também alculamos, utilizando nossa avançada tecnologia baseada na leitura direta das informações são enviadas diretamente a nossas retinas, que a velocidade dos carros no circuito oval chegue a impressionantes 50 km/h. O consumo de combustível não foi divulgado, mas certamente é superior a 20 km/l.

Motivados pelo baixo consumo, os organizadores da prova decidiram substituir os pit-stops tradicionais pelo “splash-and-go”. Nas provas da Fórmula Indy, a expressão é utilizada quando um piloto vai aos boxes com o tanque de combustível praticamente vazio, e precisa reabastecer rapidamente para não abandonar a corrida por pane seca. No caso da Bud Light 500, porém, o tanque fica localizado no abdome do piloto e todo o sistema de alimentação é puramente orgânico. Exceto pelos contêineres de alumínio através dos quais o combustível é armazenado e levado à boca do piloto, ou melhor, ao bocal do tanque.

Alguns pilotos sequer param o carro para abastecer. Os contêineres são entregues já abertos e, com uma das mãos, o piloto pode conduzir o kart, ou melhor, o carro, e com a outra, realizar o abastecimento de acordo em seu próprio ritmo. Trata-se de um pit-stop realmente eficiente, que dispensa até mesmo a presença de uma equipe de mecânicos para cada carro: o abastecimento é feito por uma única equipe que serve a todos os pilotos.

O combustível em si, cujo fornecedor também é o title sponsor da prova (como é comum na Nascar e na IndyCar), pode ser considerado Etanol E5: 5% de etanol e 95% de água, malte, lúpulo e leveduras. Agora, embora seja muito refrescante e barato, o Etanol E5 possui alguns pontos negativos. O primeiro é que, por conta da baixa capacidade dos contêineres (355 ml, em média), são necessárias múltiplas doses para completar o tanque.

Bud-Light

O segundo é que, após diversas paradas para abastecer, o desempenho dos pilotos cai consideravelmente. O kart carro começa a ficar mais difícil de controlar, como se o piloto apresentasse sintomas de embriaguez. Por outro lado, a ausência de equipamentos de segurança (outra medida para reduzir peso, certamente) mostra que a nova modalidade de pit-stop definitivamente não oferece riscos aos competidores.

cognitivas

Agora, uma observação nossa: algo nos diz que a inspiração para o pit-stop da Bud Light 500 foi inspirado pela cena da corrida de triciclos do filme “A Vingança dos Nerds” (Revenge of the Nerds, 1984). Exceto que, no filme, os pilotos dos triciclos bebiam cerveja. Será?

Calma, é claro que tudo isto não passa de brincadeira. E é óbvio que a Bud Light 500 pode ser incluída no nosso rol de categorias de corrida mais bizarras que existem.