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Suzuki Swift Sport chega à nova geração mais leve e com motor turbo

No já distante ano de 2014, o Brasil recebeu o Suzuki Swift Sport. Era a segunda vez que um Suzuki Swift com personalidade esportiva era oferecido no Brasil (a primeira foi com o Swift GTi da década de 1990), e o carrinho surpreendeu com seu motor 1.6 girador, de 142 cv a 6.900 rpm e seu comportamento dinâmico bastante visceral –entre-eixos curto, baixo peso e curva de torque com pico em rotações elevadas são bons ingredientes para um hatch divertido de se pilotar com o pé embaixo. Tanto que, mesmo sendo o único naturalmente aspirado do segmento na época (o Renault Sandero RS veio no ano seguinte) o Swift tinha cacife para encarar caras como o Mini Cooper e o Citroën DS3 sem fazer feio (relembre nossa avaliação aqui).

Agora, no Salão de Frankfurt 2017, a Suzuki apresentou o novo Swift Sport, baseado na atual geração, que chegou o mercado no ano passado. Ele ainda não tem data para chegar ao Brasil (a geração anterior só foi vendida entre 2014 e 2016, deixando o mercado sem muito alarde), mas a gente gosta de se torturar. Por isso, vamos dar uma olhada nas novidades do novo Swift Sport.

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Olhando para a atual geração do Swift, vemos que a Suzuki faz questão de manter a identidade visual inaugurada em 2004, duas gerações atrás. A dianteira curta com faróis com silhueta básica triangular, o teto plano que cai abruptamente no porta-malas e o porte compacto de sempre.

As dimensões gerais são praticamente as mesmas: o entre-eixos de 2,45 cm é 2 cm mais longo e o comprimento de 3,84 m é 1 cm menor. Não existe mais carroceria de duas portas mas, em compensação, as maçanetas das portas traseiras são escondidas na coluna “C”.

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Dito isto, o novo Swift Sport é mais leve que o anterior – se antes eram 1.050 kg, a nova plataforma HEARTECT, que usa uma maior proporção de ligas de aço de alta resistência (e ultra resistência), ajudou a reduzir o peso do carro a impressionantes 970 kg.

Com 80 kg a menos para embalar, a Suzuki tomou uma decisão polêmica: a potência do novo motor 1.4 turbo emprestado do novo Vitara é virtualmente a mesma do 1.6 naturalmente aspirado usado no modelo antigo, com 146 cv a 5.500 rpm. O torque, contudo, é muito maior e aparece bem antes: de 17 mkgf a 4.400 rpm para 23,5 mkgf entre 2.500 e 3.500 rpm. Com isto, de acordo com a Suzuki, o hot hatch é capaz de chegar aos 100 km/h em 6,2 segundos, com máxima de 205 km/h. Antes eram cerca de oito segundos e 210 km/h.

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Seria possível dar mais força ao motor? Provavelmente, bastando aumentar a pressão no turbo e realizar os ajustes eletrônicos necessários. Então por que a Suzuki não o fez? De acordo com o engenheiro Masao Kobori, chefe de desenvolvimento do Swift Sport que falou com os britânicos Autocar, por uma razão simples: não é necessário. “Outras fabricantes têm motores de desempenho mais alto”, comentou. “Nosso carro é divertido de dirigir, e não precisa de um motor super potente. Quando se combina o baixo peso com o motor 1.4 turbo, o que se tem é diversão ao volante. A dinâmica do carro e as respostas do acelerador são melhores”.

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Considerando que esta filosofia “menos é mais” já se fazia bastante presente no Swift Sport antigo, podemos ver que a Suzuki fez questão de manter-se fiel à receita, mesmo com o motor sobrealimentado de seu SUV. Já dizia Colin Chapman: “Acrescentar potência te faz rápido nas retas. Subtrair peso te faz rápido em todos os lugares”.

Só é uma pena que sua probabilidade de vir para o Brasil seja tão baixa: a geração anterior deixou de ser importada quando acabaram os estoques, e nada se fala sobre importações da nova geração – nem em Frankfurt, muito menos no Brasil.

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