FlatOut!
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Humor

A triste história do cara que bateu seu Camaro em um poste por causa de olho gordo (ou não)

Se você souber que tem um Chevrolet Camaro passando em frente à sua casa, você sai correndo com um celular para filmar? Provável que não. Mas há quem faça exatamente isto, e não estamos aqui para julgar. Até agradecemos por este, digamos… expansivo cinegrafista amador ter feito o que fez porque, se não, talvez jamais tivéssemos a chance de provar que OLHO GORDO É REAL E EXTREMAMENTE PERIGOSO.

O Camaro é um dos carros favoritos da galera da “ostentação fora do normal”: grande, imponente, potente (afinal, é um V8 de 6,2 litros, 406 cv e 56,7 mkgf de torque) e facilmente reconhecível. Astro de cinema. Tema de música. Capaz de provocar reações eufóricas e fazer pessoas sacarem o celular instantaneamente para fotografar ou filmar e mandar para os amigos. Como este cara fez.

Só que ele não se contentou em filmar. Não, senhor: ele fez questão de deixar claro sua admiração quase doentia pelo carro. “Se ele pudesse e seu dinheiro desse”, certamente compraria um. Como não pode (ele mesmo disse, não nós!), contentou-se em registrar o momento especial em que um Camaro 2015 (repare nas lanternas) branco com rodas aftermarket imensas passou em frente à sua casa. E bateu em um poste da maneira mais impossível e absurda já vista:

Não somos supersticiosos, mas fica difícil achar outra explicação para o acontecido que não seja olho gordo — quer dizer, talvez o motorista do Camaro estivesse descendo a rua bem distraído, falando ao celular ou mandando mensagens no WhatsApp. É bem possível, mas preferimos ficar com a teoria do olho gordo porque, cara, é muita coincidência!

É doloroso ver a dianteira do Camaro desencaixar e ficar pendurada, raspando no chão de paralelepípedos (é tudo integrado, para-choques, grade e faróis). E provavelmente o dono notou que estava sendo filmado, porque continuou dirigindo lentamente pela rua sem ao menos sair de dentro do carro para avaliar o prejuízo. E ainda teve que ouvir o cara com voz de Salsicha (tente imaginá-lo gritando “Scooby-Doo! Onde está você, meu filho?” e diga que não soa quase idêntico!) o chamando de “jumento” e “anta” por bater “UM CAMARO DE 215 mil!”

Está certo que é difícil explicar uma colisão dessas, mas as pessoas têm sentimentos, cara. Todo mundo tem. Pelo menos o Camaro não era amarelo.

Chega a ser injusto — apesar da aura de “ostentação” do Camaro, ele é um baita carro em diversos apectos: sua plataforma foi uma das primeiras entre os muscle cars modernos a usar suspensão traseira independente (que o Mustang só adotou na nova geração).

Além disso, suas versões mais extremas como o ZL1 e especialmente o Z/28 chegaram derrubando o mito de que muscle cars são bons apenas em linha reta, com modificações e acertos que tornam o desempenho das duas versões comparáveis aos bons esportivos europeus. Duvida? Então saca o comparativo feito pelo Chris Harris, acima: o Z/28, com um V8 de sete litros e 511 cv, foi mais rápido que o Porsche 911 GT3 RS da geração passada que, apesar de menos potente (seu flat-6 de 3,8 litros entrega 450 cv), é um dos melhores 911 já feitos.

É uma pena, mas nada disso parece importar na hora da ostentação…

[ Sugestão do leitor Luiz ]