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Car Culture

Uma defesa do câmbio automático – e das assistências eletrônicas

A tela do Waze apontava que eu estava a pouco menos de 3,5 km do meu destino. Em condições normais este é um percurso que qualquer motorista é capaz de completar em cinco minutos. A menos que ele esteja na Zona Oeste de São Paulo. Às 18:30 de uma terça-feira. De acordo com o aplicativo, eu ainda levaria ridículos 22 minutos para completar estes 3,5 km, mas ao longo destes 22 minutos o horário estimado de chegada mudou três vezes e, no fim das contas, levei uma hora para rodar 3,5 km. A cada avanço milimétrico que eu fazia com o carro, eu usava um dispositivo muito cultuado por nós, entusiastas, mas completamente inadequado para o trânsito de qualquer cidade de médio ou grande porte de 2020: o câmbio manual. Sim, eu escolhi comprar um carro com câmbio manual porque gosto de controlar o carro, gosto de trocar as marchas, gosto de tudo o que todo mundo gosta no câmbio manual. Mas principalmente porque eu não moro em São Paulo, eu não dirijo em horários de pico. Eu sequer dirijo na cid